5G é divisor de águas para o agronegócio

No Brasil, o setor do agronegócio será um dos grandes beneficiados com a quinta geração de telefonia móvel, o que representa uma oportunidade para as empresas de telecomunicações

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Por Redação em 13/10/2021

Atualmente, de acordo com dados do Atlas do Espaço Rural Brasileiro, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos 5,07 milhões de estabelecimentos rurais, 3,64 milhões de propriedades ainda não têm internet. Em outras palavras: mais de 70% das propriedades rurais ainda estão off-line. Com o 5G e o aumento da conectividade no campo, a tendência é de que o agronegócio ganhe produtividade e valor.

Conforme informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), uma ampliação de 25% na conexão no campo já seria suficiente para o aumento no valor bruto da produção agropecuária brasileira em 6,3%. 

Para os produtores, o 5G representa uma oportunidade de redução de custos, pois aumentará a eficiência dos processos produtivos. “Isso deve, inclusive, fazer com que os jovens voltem para o campo, o que traz benefícios também no âmbito social”, disse a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, à Agência Brasil

Conectividade permite acesso à agricultura de precisão

O 5G deve promover maior democratização no campo, permitindo aos produtores o acesso a uma série de benefícios, como o uso de drones para definição e controle de áreas, máquinas e veículos agrícolas autônomos e conectados, monitoramento de culturas e animais, automatização de colheita e pulverização, entre outros.

Além disso, a gestão de equipamentos tende a ser mais simples, uma vez que será possível identificar a demanda por manutenção antes da ocorrência de falhas e controlar melhor o uso de máquinas, a necessidade de combustíveis e as rotas dos veículos. Até mesmo o monitoramento meteorológico, de umidade do solo e de temperatura, tende a ser mais simples. 

Com tudo isso, a perspectiva é de que toda a cadeia produtiva ganhe, inclusive as empresas de telecomunicações, que podem contribuir para que as máquinas e equipamentos ampliem a tecnologia embarcada. Embora esse tipo de tecnologia já esteja disponível, hoje o interesse do agricultor ainda é reduzido, dado o baixo índice de conectividade.  

Leia também:

– Em Banda Ku, satélites da Embratel habilitam o próximo nível das parabólicas

Mudança de cenário, experiência positiva em Rio Verde

Em dezembro de 2020, o Governo de Goiás lançou uma rede 5G experimental na cidade de Rio Verde, mostrando que a nova tecnologia pode mudar o cenário de conectividade rural. 

A ativação foi feita pela operadora Claro, a partir de uma licença de demonstração concedida pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), com validade de um ano. Após esse período, será realizado um leilão e o objetivo é acelerar o uso de inteligência artificial e de internet das coisas no campo. 

Satélite D2 também viabiliza conectividade

Em avanço paralelo, a banda larga satelital também avança para levar conectividade em campo. Lançado em julho, o satélite Star One D2 da Embratel, por exemplo, apresentou inovações ao, além de viabilizar a terceira geração de TV digital, prover conectividade a setores como o agronegócio, óleo e gás, educação e outros.

O satélite, da Embratel, é híbrido e conta com quatro bandas: C, Ku, Ka e X, necessárias para atender demandas de diversos segmentos de negócios. Em locais mais afastados ou remotos, a banda Ka, por exemplo, vai trabalhar em conjunto com o satélite Star One D1, aumentando o poder de conectividade. 



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