O termo data driven não é apenas uma onda passageira. A cultura orientada por dados, como o termo vem sendo traduzido em português, é uma atitude que pode trazer vários ganhos, segundo Thoran Rodrigues, CEO da BigDataCorp. De acordo com ele, transformar dados em insights práticos ajuda, por exemplo, a otimizar experiências do usuário e ajustar ofertas em tempo real.
O especialista lembra que os benefícios não estão limitados ao setor de varejo. Em vários outros segmentos, a adoção de ferramentas de análise preditiva –baseadas em dados – permite projetar cenários futuros, dando às empresas a capacidade de desenvolver estratégias que se adaptem rapidamente às novas exigências do mercado.
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Rodrigues argumenta que essa habilidade de previsão e adaptação tornou-se, inclusive, essencial para manter a relevância em um cenário de constante mudança.
Detalhe: de acordo com ele, as empresas com uma cultura orientada por dados não apenas processam grandes volumes de informações, mas também os interpretam de maneira a inspirar “soluções inovadoras e provocar mudanças significativas”.
Outra aplicação eficiente dos dados é na colaboração entre equipes, criando um ambiente onde o compartilhamento de ideias e a cocriação fluem de maneira mais natural. O executivo lembra que quando todos têm acesso a informações detalhadas e atualizadas, os processos colaborativos são aprimorados. O resultado seria um ciclo contínuo de inovação.
Ele ressalta, no entanto, que para que os ganhos aconteçam é preciso investir em infraestrutura robusta e no treinamento de equipes. As companhias que seguem essas práticas não apenas acompanham a transformação digital, mas lideram com soluções que antecipam as necessidades do mercado. Uma cultura orientada por dados é vital também para o sucesso de projetos de IA, conforme defende o especialista Ganes Kesari, em artigo para a revista do MIT Sloan. No texto, ele mostra quatro passos fundamentais para a construção de uma ‘data driven culture’. Basicamente, as ações incluem a intervenção da liderança, a necessidade de “empoderar” os dados, a colaboração e a realização do valor.