Mulher utilizando tecnologia de IA no varejo, interagindo com um assistente virtual em uma loja de roupas para melhorar o atendimento ao cliente. Foto: Fit Ztudio/ Shutterstock/ Modificada com IA

Uso de IA no varejo melhora atendimento ao cliente

2 minutos de leitura

Relatórios indicam que o uso de inteligência artificial no setor deve transformar a experiência do consumidor e reduzir custos operacionais até 2028



Por Redação em 08/10/2025

As mudanças no varejo estão aceleradas, inclusive com a adoção da estratégia de multicanais, onde a compra pode começar numa loja física e terminar online – ou vice-versa. Independentemente do modelo, a inteligência artificial (IA) tem sido um coringa do processo, com exemplos no Brasil e na Europa, entre outros mercados.

No caso da União Europeia (UE), que reúne vários países da região e tem um PIB de quase 18 trilhões de euros, a disputa com sites de compras asiáticos e a guerra da Ucrânia tornam o processo de compras ainda mais complexo. A IA entra nesse espaço para fazer diferença.

Segundo reportagem do site Mercado e Consumo, o recurso atua na melhoria das operações dos comerciantes, inclusive em eficiência, e pode oferecer experiências mais personalizadas aos consumidores, o que aumenta a fidelização.

Ainda mais porque as mais de 400 milhões de pessoas da UE gastam, em média, 30% do seu orçamento no varejo. O setor também é grande empregador, com 30 milhões de profissionais atuando nas lojas. Além disso, o varejo responde por 11,5% do valor agregado da região.

O Brasil não enfrenta conflitos geopolíticos, mas disputa a atenção de um consumidor que gosta do digital, inclusive com experiência em comprar nos sites asiáticos. Aqui, a IA generativa (GenAI) igualmente vem sendo usada para melhorias em várias frentes.

Um dos exemplos locais é o grupo Boticário, que adota a tecnologia para incrementar a busca do e-commerce, enriquecer as fichas de informações dos produtos e melhorar a acessibilidade do e-commerce, entre outras iniciativas.

Busca pesa 60% no processo de compra

Mulher acessando loja virtual com celular e cartão de crédito, destacando o uso de inteligência artificial no varejo para melhorar a experiência de compra online.
Foto: DukiPh/ Shutterstock/ Modificada com IA

Uma das metas do grupo é fortalecer os mecanismos de busca de informação em seu site, uma vez que essa etapa pesa em 60% do fechamento dos pedidos. Uma busca que responde melhor à procura de produtos pelo consumidor favorece a conversão para a venda, na avaliação dos especialistas.

Outra varejista com adoção da IA para otimização de processos é a RD Saúde, que usa a tecnologia combinada com a nuvem para trabalhar o grande volume de informações que processa. A empresa do setor farmacêutico, assim como o Boticário, tem parceria com a AWS para aplicar a IA no varejo. As duas companhias estão alinhadas com as tendências de mercado em relação ao tema, de acordo com relatório sobre futuro da Penguin Solutions.

O documento sintetiza várias previsões. Uma delas é que, até 2026, 90% das ferramentas de varejo incorporarão algoritmos de IA. Desse total, 30% deverão utilizar modelos autônomos ou modulares, com estrutura agnóstica, que podem ser substituídos por versões específicas para o setor varejista.

Outra avaliação do relatório indica que 70% dos varejistas implementarão aplicativos de fidelidade baseados em IA, melhorando as ofertas contextualizadas em 40% e impulsionando o engajamento do cliente, de forma a gerar um aumento de até 25% nas taxas de retenção de clientes. Isso também até 2026.

Outras duas avaliações indicam melhorias de desempenho, entre 2026 e 2027. A primeira delas aposta que 40% dos varejistas aproveitarão a criação e entrega de conteúdo com GenAI para conteúdo dinâmico de produtos, aumentando as taxas de conversão e reduzindo os custos de gerenciamento de conteúdo em 30%. A segunda prevê que metade dos varejistas terão reduzido os custos com mão de obra em 2% com a GenAI incorporada em processos e tarefas fundamentais de negócios.

Num período mais longo – até 2028 – a previsão é que os benefícios da gestão de estoque secundário, obtidos com a adoção da tecnologia, estimulem um aumento de 30% na adoção de recursos de rastreamento e localização pela cadeia de suprimentos.



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