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Operadoras podem adotar 5G para substituir fibra óptica

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Entre os beneficiados com novos usos do 5G estariam cidades menores, regiões remotas e a cobertura remodelada de estádios de futebol



Por Redação em 15/04/2025

O ganho de velocidade com uso do 5G ainda não está sendo suficientemente percebido no Brasil, segundo Rodrigo Dienstmann, CEO da Ericsson para o Cone Sul da América Latina. De acordo com o executivo, isso acontece porque aplicações como o uso da quinta geração para viabilizar atividades, tais como o controle remoto de caminhões e colheitadeiras, ainda estão sendo desenvolvidas em nível mundial. 

Em entrevista para o jornal O Globo, ele lembrou que as atividades citadas exigem uma latência baixíssima. Além da cobertura eficiente em si, o processo de adoção também depende do amadurecimento dos modelos de negócio. 

Dienstmann cita como desafios o incremento de dispositivos nativos 5G, entre eles robôs industriais e ferramental de fábrica. É o caso de drones que também poderiam ser aplicados em plantas industriais ou outros ambientes com redes privativas 5G. O mesmo vale para veículos autoguiados e já nativos com a tecnologia de quinta geração. 

Novos usos do 5G

novos usos de 5G
Foto: Shutterstock

O CEO, no entanto, é otimista e aposta em novos usos do 5G, alguns deles já conhecidos, mas não necessariamente usados em grande volume. É o caso da cobertura 5G em cidades menores ou regiões mais isoladas, em substituição à fibra óptica. É um tipo de aplicação com o qual as operadoras podem ganhar musculatura e com investimentos mais ágeis do que construir uma rede cabeada ou depender de acordos para uso de infraestrutura de outras operadoras. 

A mesma cobertura 5G pode ser usada para remodelar a conectividade de grandes estádios de futebol, por exemplo. Nesse caso, Dienstmann acredita que as operadoras podem ganhar melhorando a conectividade em dias de partidas decisivas, quando a concentração de usuários reduz a velocidade de transmissão e frustra os assinantes. O modelo seria embutir uma cobertura diferenciada para os torcedores, com um upload garantido, por meio de uma tarifa adicional. 

Dienstmann também é otimista em relação ao potencial exportador do Brasil na área de telecomunicações. Ele cita o próprio exemplo da Ericsson: a empresa despacha de 20% a 40% da produção de sua fábrica brasileira para Estados Unidos, Índia e América Latina. A demanda do 5G na América do Norte poderá impulsionar mais esse volume. Ainda segundo ele, a empresa vive a janela de investimentos de R$ 1 bilhão anunciados até 2026. 



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