NFC Foto: Freepik

Tecnologia por aproximação impulsiona crescimento das transações sem contato

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Projeções indicam salto na bilhetagem digital e no uso de carteiras digitais independentes, o que reforça o papel do NFC na infraestrutura das cidades inteligentes



Por Redação em 05/08/2025

As transações contactless devem alcançar US$ 18,1 trilhões até 2030. De acordo com a Juniper Research, o valor terá um crescimento de 106%, saindo de US$ 7,7 trilhões estimados para 2025. O salto será impulsionado, sobretudo, pelos mecanismos baseados na comunicação por campo de proximidade (NFC, na sigla em inglês). A estimativa é que a bilhetagem NFC cresça 300% no período.

No entanto, a ampliação da adesão depende da interoperabilidade entre diferentes modais de transporte e operadores. Dessa forma, a tecnologia pode ter uma inserção maior no cotidiano das cidades e se consolidar como padrão de pagamento.

Outro fator que promete impulsionar o valor das transações são as carteiras digitais não-OEM, ou seja, aquelas desenvolvidas por empresas que não fabricam os dispositivos. As projeções indicam uma alta de 113% nos próximos cinco anos.

NFC como alavanca para cidades inteligentes

NFC
Foto: Barillo Images/ Shutterstock

A bilhetagem por NFC deve saltar de 11,2 bilhões para 44,8 bilhões de transações até 2030, com destaque para os centros urbanos. O sistema permite entrada e saída em ônibus, metrôs e eventos com um único toque, o que reduz filas e melhora a experiência do usuário. 

O Rock in Rio, por exemplo, já aderiu aos ingressos NFC para aqueles que tiverem essa opção habilitada no celular. Outro exemplo do uso da tecnologia é o cartão Jaé, usado nos transportes do Rio de Janeiro.

Para expandir essas aplicações, é necessário que a tecnologia funcione em diferentes setores e plataformas. Segundo a Juniper Research, a colaboração entre governos, operadores e fornecedores tecnológicos pode tornar possível um ecossistema fluido, no qual o cartão ou dispositivo pode ser utilizado para mobilidade, cultura, lazer e serviços públicos.

Ao funcionar como elo entre diferentes experiências urbanas, o NFC deixa de ser apenas um meio de pagamento e passa a representar uma camada da infraestrutura digital de uma cidade inteligente.

Carteiras digitais não-OEM

Para explicar o crescimento das carteiras digitais independentes, o estudo destaca o acesso concedido pela Apple a aplicativos de pagamento de terceiros para realizar transações por aproximação. No entanto, o analista de pesquisa da Juniper Research, Lorien Carter, avalia que esse tipo de operação ainda precisa se tornar mais atrativo para os clientes, visto que cartões e opções de pagamento do provedor, como Apple Pay, ainda são predominantes.

“Para romper o domínio arraigado das carteiras OEM, os novos provedores de pagamentos sem contato devem se diferenciar por meio de valor agregado, como recompensas de fidelidade, insights de gastos em tempo real e recursos integrados de bilhetagem digital”, sugeriu Carter.

Nesse contexto, o autor do relatório reforçou que essa diferenciação posicionaria essas carteiras digitais não-OEM como ameaças diretas aos outros sistemas. 



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