A inteligência artificial ganha espaço como elemento-chave para o setor financeiro, segundo pesquisa da Minsait. Segundo a consultoria, nove em cada dez empresas do setor usa a IA para aprimorar suas ações de cibersegurança. A utilização estaria concentrada na produção de análises, identificação de padrões e mesmo na elaboração de conclusões.
Dois pontos mostram que a adoção de IA no segmento tem margem para crescer. O primeiro deles é que, na maioria dos casos, haveria um alto grau de intervenção humana na aplicação de IA pelas empresas da área.
O segundo ponto de atenção é que mais da metade de quem usa IA em cibersegurança (55%) está fazendo isso usando o modelo de batch – também conhecido por processamento em lotes. Esse modelo é adotado por bancos e seguradoras para processar grande volume de dados que não exigem uma análise de resultado em tempo real.
Dizendo de outra forma: seria uma execução tardia ou sem supervisão do usuário, ou seja, o processo em si pode ser otimizado. O processamento em lote é adotado em operações como cobranças e na elaboração de folhas de pagamento, entre outros casos, o que acentua a diferenciação em relação a áreas onde a IA pode desempenhar um papel mais complexo.
O relatório da Minsait mostra ainda outros dados importantes da adoção da IA. Um deles é que quase metade das empresas afirmaram já ter capacidade técnica para captar dados em tempo real.
Considerando o grupo mais avançado citado acima, 27% das organizações respondentes disseram ser capazes de obter tanto dados estruturados quanto informações como imagens, vídeos e textos livres. Isso impacta positivamente o uso de IA, que funciona melhor a partir de dados qualificados.
Outra informação do estudo é que 59% das empresas têm aplicado IA em cases de processamento de transações e serviços de consultoria. A pesquisa mostrou, ainda, que 53% dos casos de aplicação de IA são voltados à melhoria da experiência do cliente ou do público interno dessas instituições.
O levantamento ouviu mais de 900 organizações espalhadas pelo globo, especializadas em 15 diferentes áreas de atuação.