Com aplicações que vão da educação à computação em nuvem, a inteligência artificial (IA) está no centro das estratégias de inovação de empresas e governos. A convergência entre investimentos privados e políticas públicas reforça essa tendência. Empresas como a Alibaba Cloud, braço digital do grupo Alibaba, por exemplo, têm ampliado os investimentos em tecnologia e governos, como o do Brasil, lançaram planos para ampliar o acesso à IA.
O movimento revela um cenário de avanços convergentes na adoção da inteligência artificial em diferentes esferas – empresarial e governamental – e reforça a tendência de que a tecnologia será um dos principais motores de transformação econômica e social nos próximos anos.
Alibaba Cloud expande presença com foco em IA e nuvem

A Alibaba Cloud, divisão de computação em nuvem do grupo Alibaba, anunciou a aplicação de mais de US$ 60 milhões em inteligência artificial. O aporte, de acordo com o Valor Econômico, se soma a um plano mais amplo de investimento que destina US$ 52 bilhões à expansão da infraestrutura de nuvem e IA nos próximos três anos.
Entre as prioridades da empresa estão a criação de novos data centers na Ásia e o fortalecimento da rede de parceiros em diferentes regiões, incluindo Américas, Europa e Oriente Médio. Nesse contexto, o diretor-presidente do grupo, Eddie Wu, revelou que a estratégia da empresa passa por “acelerar o desenvolvimento de sua rede global de computação em nuvem”.
Os recursos serão usados não apenas para infraestrutura tecnológica, mas também para ações conjuntas de marketing, programas de incentivo e suporte técnico, com o objetivo de impulsionar a adoção de soluções de IA e nuvem por empresas de diversos setores.
Brasil lança plano estratégico de inteligência artificial
No setor governamental, o Brasil deu um passo significativo com o lançamento do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) 2024-2028, com investimentos públicos de R$ 23 bilhões até 2028. A iniciativa tem como foco promover a inclusão social e a otimização dos serviços públicos.
Segundo a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, o plano brasileiro é comparável aos adotados por países europeus. Entre as ações estratégicas estão o desenvolvimento de 35 soluções de IA em português, além da criação de um supercomputador de alto desempenho e do fortalecimento do Instituto de Inteligência Artificial do LNCC (Laboratório Nacional de Computação Científica), voltado à pesquisa aplicada.
Luciana ressaltou que os investimentos têm sido direcionados para setores diversos, como agricultura, saúde, educação e serviços públicos. Ela afirmou ainda que o país está preparado para lidar com as rupturas e aproveitar as oportunidades oferecidas pela inteligência artificial.