O uso das etiquetas inteligentes com tecnologia de identificação por rádio frequência (RFID) tem sido ampliado na era omnichannel, que combina as vendas em lojas físicas com os canais virtuais. Elas permitem a rastreabilidade dos produtos e trazem ganhos em logística.
Segundo reportagem da Carta Capital, esse é o caso do Boticário, que usa o RFID para monitorar sua cadeia de suprimentos e conseguiu reduzir a falta de produtos em até 97%. O grupo da área de cosméticos também ampliou em 50% a identificação de falhas ocultas, sem aumentar a mão de obra envolvida.
Como a jornada de compra pode começar no site e terminar nas lojas físicas, as etiquetas inteligentes facilitam que essas últimas funcionem como um hub logístico. Ou seja, o cliente começa a comprar online e retira na loja tradicional. O processo de troca e devolução também se torna mais automatizado com o uso dos recursos.
Na prática, o processo funciona assim: com o RFID os varejistas podem localizar o item no estoque, reduzindo erros manuais e o tempo de espera. Na hora de provar na loja física, as etiquetas podem interagir com outros sistemas e mostrar informações adicionais para o consumidor.
Estoque em tempo real reduz perdas no varejo

Um exemplo recente de uso do RFID como base da estratégia omnichannel é o da Tillys, rede americana com 240 lojas físicas nos Estados Unidos e uma forte plataforma de comércio eletrônico.
A tecnologia que otimiza o rastreamento do estoque permite que a rede ofereça o serviço de retirada de produtos nas lojas físicas no mesmo dia da compra feita online. A gestão precisa de estoque envolve o uso de etiquetas inteligentes, com envio das informações na nuvem.
Entre os ganhos do sistema integrado estão a contagem de estoque no fim de ano, que se torna mais rápida e precisa. A rede varejista também espera reduzir perdas no processo.
A plataforma usada pela Tillys, da Nedap, cobre um universo de 14 mil lojas em vários países, com indicação de dados em tempo real sobre localização de peças e volume de estoque, entre outros recursos.
O avanço de etiquetas inteligentes diferenciadas também é uma das tendências, com destaque para as térmicas feitas de materiais reciclados.
