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Estudo mostra expansão de redes privativas até 2030

3 minutos de leitura

Com demanda por segurança e controle, setor de manufatura impulsiona adoção de redes privativas



Por Redação em 28/05/2025

Mais de 7 mil empresas devem optar pela implantação de redes privativas até 2030, o que representa um crescimento de 194% em relação a 2025. Os dados foram revelados pela Juniper Research, especialista global em mercados de telecomunicações. De acordo com o estudo, esse crescimento está atrelado à crescente demanda por segurança de dados e controle.

Segundo a Juniper Research, “à medida que as regulamentações em torno de dados se tornam mais rigorosas, com confiabilidade aprimorada e latência ultrabaixa, a detecção e resposta a ameaças em tempo real se torna fundamental.”

O setor de manufatura lidera o mercado na adoção de redes privativas e representa 49%. Uma das justificativas para esse domínio é o grau de automação e infraestrutura do segmento, considerado avançado. Áreas como a da saúde, por exemplo, terão uma menor participação no mercado. Os elevados custos e a infraestrutura menos desenvolvida limitam o potencial de crescimento da receita desse mercado.

A Juniper Research apresenta uma análise das principais oportunidades de desenvolvimento e descobertas para o setor, além de acompanhar recomendações estratégicas para fornecedores de redes privadas e de equipamentos, além de reguladores.

Implantações 

O estudo destaca a relevância dos modelos de negócio de hospedagem neutra para os portfólios dos fornecedores de infraestrutura de rede. Além disso, essa abordagem é necessária para o desenvolvimento e a otimização das redes de telecomunicações, especialmente no contexto das redes privadas. Nesse cenário, os hospedeiros neutros representam um modelo de infraestrutura de rede em que uma empresa terceirizada aluga equipamentos de telecomunicações internos para múltiplos provedores de serviços de comunicação. Isso possibilita uma gestão eficiente dos recursos e a redução dos custos operacionais.

A adoção da infraestrutura em redes privadas traz vantagens tanto para as empresas quanto para os fornecedores. Para as empresas, significa um acesso a redes seguras e robustas, com custo global reduzido. Já para as operadoras de redes móveis, a flexibilidade dos hosts neutros permite oferecer conectividade interna aprimorada, expandindo o alcance e a qualidade de serviço, sem a necessidade de investimentos massivos em infraestrutura própria para cada local.

Para Michelle Joynson, responsável pela pesquisa, “os modelos de hospedagem neutra não apenas reduzirão a barreira de entrada para muitos setores, como também acelerarão a adoção do 5G privado, que tem sido historicamente lenta. Os fornecedores devem se concentrar em fornecer serviços de integração contínua, permitindo uma implantação rápida e custos reduzidos.”

Desafios

Na visão de Alexandre Gomes da Silva, diretor de Marketing da Claro empresas, “os próximos lançamentos impulsionarão o 5G no caminho de ser uma rede mais versátil, confiável e onipresente, que dará suporte a uma gama mais ampla de aplicações, atendendo às necessidades específicas de setores e segmentos”. Segundo ele, vários exemplos demonstram que os desafios vêm sendo superados.

“No Complexo Industrial Portuário de Suape, em Pernambuco, a Claro empresas utilizou o 5G Claro e câmeras inteligentes integradas com uma solução de video analytics para automatizar e otimizar os processos logísticos de identificação e monitoramento de entrada e saída de veículos no atracadouro”, ilustrou.

Outro exemplo é a fábrica de chocolates da Nestlé, em Caçapava (SP). Na planta, uma rede privativa 5G elevou a conectividade e a automação, de maneira a garantir uma alta velocidade de transmissão de dados. Já na Gerdau, na planta industrial de Ouro Branco (MG), recebeu uma rede privativa dedicada 5G e LTE 4G, que elevou a capacidade de automatização, produtividade, flexibilidade, visibilidade, rastreabilidade, uso de dados e segurança nos processos, incluindo planejamento, produção e logística.

“O ambiente tecnológico nas empresas tem se tornado cada vez mais complexo. Desse modo, o papel de um orquestrador, que integre todo o ecossistema em torno delas, é fundamental”, afirma Gomes.



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