Claro no Web Summit. Marcello Miguel Marcello Miguel, diretor executivo de Marketing e Negócios da Claro empresas – Grandes Empresas e Governo (Foto: Divulgação)

Claro empresas: construindo o futuro digital das organizações

4 minutos de leitura

Em entrevista ao Próximo Nível, diretor de Marketing e Negócios da Claro empresas, Marcello Miguel, confirma importância da participação no Web Summit Rio



Por Roberto Francellino em 30/04/2025

Presente em todas as edições do Web Summit Rio, a Claro empresas, que agora conta com o legado do pioneirismo e liderança no mercado de grandes empresas e governo da Embratel, reforça seu reposicionamento nesse segmento com uma estratégia clara: ser parceira na construção do futuro digital das organizações, independentemente do porte ou setor. Em entrevista ao Próximo Nível, Marcello Miguel, diretor executivo de Marketing e Negócios da Claro empresas – Grandes Empresas e Governo, detalha como a organização vem expandindo sua atuação para além da conectividade, integrando soluções de cloud, cibersegurança, IoT e redes privativas. “Nosso papel é orquestrar o ecossistema e habilitar as estratégias de negócio dos nossos clientes”, resume.

Como você avalia a participação da Claro empresas no Web Summit deste ano? Qual o significado dessa presença?

Claro no Web Summit Rio 2025
Foto: Any Duarte/ Web Summit

Essa é a terceira vez que a Claro participa do Web Summit, mas é a primeira com o posicionamento Claro empresas. A presença aqui tem um peso simbólico importante, porque acontece logo após a virada de marca da Embratel para Claro empresas — um momento de transformação tanto nos negócios quanto em inovação. Estamos buscando atingir empresas de todos os portes e segmentos. 

E como isso se conecta ao espírito do evento, que tem um DNA muito voltado à inovação e ao futuro?

Totalmente. O Web Summit fala de futuro, de inovação, de ideias que viram negócios. E é isso que queremos fomentar. Tivemos aqui grandes empresas como Correios, Banco do Brasil, Caixa, Neoenergia, corporações robustas em busca de cada vez mais resiliência. Nosso papel é o de um orquestrador — não apenas prover conectividade ou tecnologia, mas também habilitar estratégias de negócios por meio de aplicações e casos de uso reais. Ao mesmo tempo, estamos ajudando as pequenas e médias empresas, que são os verdadeiros motores da economia brasileira, a se digitalizarem e otimizarem seus processos.

Dá para dizer que a Claro empresas quer tornar seus clientes “à prova de futuro”?

Apoiamos empresas em sua jornada de transformação digital, promovendo uma cultura de aprendizado contínuo e colaboração, que fortalece sua capacidade de adaptação e inovação buscando torná-la cada vez mais antifrágil. Trabalhamos de forma colaborativa, cocriando soluções. Cada cliente tem demandas e particularidades únicas e, ao entendê-las profundamente, conseguimos desenvolver soluções que fazem sentido para seus contextos específicos — e muitas vezes, essas soluções passam a ser aplicáveis a outros setores também.

Quais são os pilares estratégicos da Claro empresas nessa nova fase? Em quais áreas vocês pretendem liderar?

Foto: Ramsey Cardy/Web Summit via Sportsfile

Gostaria de dizer que queremos liderar em todas, mas sabemos que é impossível abraçar o mundo sozinhos. Por isso, buscamos reforçar nossas fortalezas — conectividade, cloud, segurança cibernética e IoT. A fronteira entre telecom e TI praticamente deixou de existir. Hoje, conectividade, nuvem e segurança são infraestruturas essenciais para qualquer tipo de empresa, especialmente as grandes corporações e governos, que são think tank em seus mercados.

Empresas precisam de uma rede robusta para desenvolverem suas aplicações, seja na nuvem ou localmente, com segurança e confiabilidade. O interessante é que as demandas são parecidas entre empresas de diferentes portes, mas a forma de atendê-las muda. Um provedor de internet, por exemplo, precisa tanto de capacidade quanto de proteção contra ataques — já um banco costuma ter soluções próprias de segurança, e nós entramos como complemento.

Então, mesmo a conectividade, que já foi vista como commodity, pode hoje ser um diferencial?

Exatamente. A conectividade se tornou o alicerce para qualquer desenvolvimento tecnológico. E quando conseguimos prover isso em diferentes formatos — fibra, móvel ou satélite —, abrimos caminho para soluções em nuvem, segurança e IoT. Imagine milhões de dispositivos conectados sem uma camada de segurança adequada? O caos seria inevitável.

Você pode citar exemplos práticos de como isso já está sendo aplicado?

Um exemplo são os clientes que utilizam redes corporativas definidas por software, as redes SD-WAN (Software-Defined Wide Area Network). Essas redes já contam com camadas de segurança integradas. E, dependendo da necessidade, é possível adicionar camadas mais robustas, chegando até a soluções de Cyber Security. Essas aplicações podem rodar localmente (on-premise) ou em nuvem, conforme a preferência e maturidade digital do cliente.

Ainda existe resistência ao uso de nuvem?

Eu não diria que seja resistência, mas sim uma questão de modelo de negócio. A nuvem exige uma gestão clara do uso e dos custos. Muitos clientes preferem manter algumas aplicações locais para ter maior previsibilidade. Mas essa transição está acontecendo, principalmente com redes privativas, que criam ambientes inteligentes e conectados dentro das empresas — como fábricas, hospitais, usinas ou armazéns.

Pode explicar melhor como funcionam essas redes privativas?

Imagine uma fábrica com linhas de produção que operam 24 horas. Se houver uma falha, você perde toda a produção. Com redes privativas móveis e tecnologia 5G, é possível “iluminar” esse ambiente com antenas e conectar dispositivos entre si, sem fios. Isso permite, por exemplo, mudar a configuração de uma linha de produção de dois para três dias sem ajustes físicos. É um salto em flexibilidade, automatização e eficiência.

Esse tipo de infraestrutura também viabiliza novas tecnologias, como realidade virtual e gêmeos digitais?

Sim, exatamente. Essas redes são o meio que permite que tecnologias como realidade aumentada, gêmeos digitais e automação avancem. E isso não é apenas um avanço técnico, mas também social e econômico. A transformação tecnológica tem impacto direto no desenvolvimento do país.

Voltando ao Web Summit: o evento reúne startups, universidades, governos e grandes empresas. Como a participação da Claro empresas se conecta com esse ecossistema diverso?

Nossa presença aqui nos posiciona como um parceiro estratégico, independentemente do porte da empresa. Isso é fundamental, porque nos permite aprender com outros segmentos e setores aos quais, talvez, não tivéssemos o mesmo acesso que temos com grandes empresas e governo. Essa diversidade é extremamente rica e importante para a construção de um ecossistema de inovação.

E vocês consideram que atingiram os objetivos com essa participação?

Acredito que sim. Temos uma metodologia interna para avaliar nossa participação nos eventos e medir o impacto real das conexões criadas. Estar aqui pela terceira vez mostra que faz sentido continuar. Diferente de eventos como a Febraban Tech, que têm um foco mais específico em alta tecnologia e grandes empresas, o Web Summit amplia nosso horizonte e nos ajuda a desenvolver soluções para todo o universo corporativo.


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