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Profissionais de TI puxam as demissões voluntárias no país

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Dados da Firjan e de consultorias apontam tendência que foi diagnosticada no ano passado.



Por Redação em 01/06/2023

A demissão voluntária entre profissionais jovens, com escolaridade superior e da área tecnológica tem puxado esse movimento no Brasil. A tendência foi apontada em reportagem do jornal Valor, a partir da avaliação da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). A Firjan, por sua vez, baseou seu levantamento em dados do Ministério do Trabalho.

Vamos aos números: cerca de 6,9 milhões de brasileiros pediram demissão no ano passado, o que seria um recorde histórico. O total já seria preocupante, mas ele tem um recorte especial no grupo descrito no começo dessa nota, onde 73% dos contratos encerrados aconteceram por decisão dos empregados e não dos empregadores.

Além de maior grau de instrução, os profissionais que puxam as demissões voluntárias também estão associados a trabalhos de alta especialização, segundo o gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Jonathas Goulart, citado pelo Valor. Ele também destaca que o processo no Brasil foi lento. Nos Estados Unidos, a tendência de demissão voluntária é chamada de Great Resignation e foi bem mais intensa. O problema é foco, inclusive, de vários estudos na área de recursos humanos.

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Trabalho remoto e busca pelo equilíbrio com a vida pessoal são fatores que impulsionam as demissões

O que os especialistas apontam no Brasil e fora dele é a presença de alguns impulsionadores da demissão voluntária, puxados pelo trabalho remoto e seus desdobramentos. O uso de meios de interação digitais não daria pistas da insatisfação dos funcionários, forjando uma espécie de demissão silenciosa, como define Fabiano Kawano, diretor da Robert Walters, consultoria especializada no recrutamento de executivos.

Gerino Xavier, vice-presidente da Federação Nacional das Empresas de Informática (Fenainfo), confirma a avaliação de Kawano. Além da questão salarial, outros fatores podem pesar na decisão dos profissionais de TI em pedir demissão. Entram nessa lista a vontade de trabalhar com novos modelos, caso do home office, e mesmo o desejo de equilibrar melhor o tempo dedicado ao trabalho e à vida pessoal.



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