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mão de obra bancos Imagem gerada por Inteligência Artificial

Mão de obra nos bancos deve crescer 15% em 2025

3 minutos de leitura

Aumento de recursos humanos é apontado por 63% das instituições, somando mais de 57,5 mil novos profissionais



Por Redação em 28/05/2025

A maior parte dos bancos brasileiros aposta no aumento da contratação de profissionais em 2025. Se o crescimento médio de mão de obra atingir os 15% estimados, isso significará a inclusão de 57,5 mil novos colaboradores ao mercado financeiro.

Os futuros contratados terão mais chances se forem desenvolvedores de softwares, especialistas em cibersegurança e cientista de dados. Essas três especialidades estão entre as top 5 procuradas. As duas outras profissões mais procuradas são as de engenheiro de dados e a de arquiteto corporativo.

Trabalhos híbridos e presenciais

mão de obra bancos
Foto: Adobe Stock

Quando contratados, os novos colaboradores vão encontrar um cenário onde o trabalho híbrido é o modelo majoritário, adotado por 48% dos atuais funcionários das instituições financeiras.

Apenas dois em cada dez que atuam no setor estão totalmente remotos. Já o modelo 100% presencial é seguido por 34% da força de trabalho.

Outra tendência importante em recursos humanos é o ajuste nas estratégias de talentos. Três em cada quatro bancos pretendem finalizar esse processo em até dois anos.

Nessa jornada de alinhamento, a inteligência artificial (IA) ganha relevância. Primeiro, porque 48% dos bancos ouvidos têm a meta de redesenhar os processos de trabalho para obter vantagens com a IA generativa (GenAI). Em segundo lugar, os programas de fluência em IA fazem parte da estratégia de 35% dos bancos.

Fora da IA, as instituições financeiras também vão implementar estratégias de qualificação (upskilling) e requalificação (reskiling). Nesse caso, as iniciativas estão no receituário de 47% das empresas. O mesmo acontece com as métricas de engajamento e confiança, apontadas por 36% dos bancos.

Os dados citados acima fazem parte da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2025, que ouviu 30 executivos de 20 bancos, responsáveis por 85% dos ativos bancários do país.

Experiência da mão de obra deve ser melhorada nos bancos

Coordenado pela consultoria Deloitte, o levantamento prevê ainda que a mão de obra atual e os novos profissionais contratados vão ter um ambiente cada vez mais aprimorado ao longo de 2025.

Isso acontece porque o setor vai investir R$ 1,4 bilhão em infraestrutura e soluções tecnológicas para melhorar a experiência de trabalho.

A capacitação, por sua vez, vem ganhando um contorno interessante: o setor treinou mais pessoas de 2023 a 2024, apesar de ter investido menos na jornada.

É o caso dos treinamentos em tecnologia, uma das três áreas analisadas no relatório. Segundo a Deloitte, apesar da retração de 12% em investimentos, os bancos treinaram 35% a mais de profissionais em 2024.

Na segunda área – segurança cibernética – o volume de investimentos em treinamento aumentou em 12% e o número de profissionais capacitados chegou a 170 mil, um incremento de 5% em relação a 2023.

As metodologias ágeis são a terceira área de treinamento dos profissionais de bancos analisada na pesquisa. Nesse caso, apesar de 3% de aumento de investimentos, foram capacitados 17% a menos de profissionais em 2024. Para os analistas do relatório, essa queda indica que há uma maturidade em metodologias ágeis, o que explica a desaceleração.

Por outro lado, o volume de profissionais treinados, tanto em tecnologia como em cibersegurança, é uma indicação da maior digitalização do segmento.

Em um mercado altamente demandante de tecnologia, a capacitação da mão de obra é constante e outra característica dos bancos explica o processo: 11% dos profissionais das instituições financeiras estão alocados na área de TI. Entre esses, 43% deles atuam em atividades de desenvolvimento.

Os colaboradores ligados a analytics e inteligência de negócios são 21% da força de trabalho de tecnologia, seguidos daqueles que atuam diretamente na infraestrutura (14%) e inovação (9%). Outros 6% estão ligados ao compliance, gestão de risco e governança.

Os 7% restantes estão divididos entre os departamentos que cuidam da experiência do cliente (3%), segurança da informação e cibernética (3%) e outras atividades (1%).



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