Com 65% de sua infraestrutura na nuvem, o Itaú Unibanco bateu o martelo para migrar totalmente para a cloud até 2028. A decisão, segundo reportagem do site Convergência Digital, acontece por algumas razões, mas o destaque é o mindset de inovação constante. Segundo o banco, essa mentalidade traz a ideia de estar sempre atualizado com as tendências de tecnologia e repassar isso aos clientes.
O pioneirismo do Itaú não significa que os mainframes e data centers atuais que hospedam parte de suas operações irão ser desativados. A diretiva atual é avaliar se esses ativos poderão ser oferecidos a terceiros, desde que não tragam grandes custos de operação e nem riscos. A venda dos ativos, atualmente, não está sendo considerada pelo banco.
Migração envolve desafios
A migração total será feita em parceria com a AWS e envolve alguns desafios nos atuais 35% de infraestrutura que estão fora da cloud. A totalidade das operações com clientes já está na nuvem. O que ainda não migrou são operações como as rotinas batch, que são realizadas na madrugada. Trata-se se um procedimento técnico comum desde a década de 1970 e que precisará de uma nova lógica com a mudança.
Para efeito de comparação, em 2023 o Itaú Unibanco tinha migrado 60% de sua infraestrutura e os restantes devem ser transicionados nos próximos três anos. Na avaliação de Ricardo Guerra, CIO do banco, a migração é pautada também pela disrupção tecnológica pela qual várias indústrias vêm sofrendo. No caso do banco, o processo teria se acentuado nos últimos 15 anos.
A experiência de migração também reforçou algumas decisões, como a criação de designs mais agressivos e um foco maior no cliente, o que pode ser resumido na obsessão pela criação da melhor experiência possível para esse cliente. Segundo Guerra, o banco primeiramente priorizou tudo que tinha interface com o correntista e agora vai modernizar o que ele chama de commodity.