Imagine uma conexão 9.380 vezes mais rápida que a velocidade média de 5G. Esse foi o feito de cientistas do Reino Unido. Eles desenvolveram uma internet sem fio com velocidade recorde de 100 Megabits por segundo, ideal para usar em grandes concentrações de pessoas como festivais, shows, feiras, congressos e outros eventos de grande porte.
Segundo a CNN Brasil, é comum que as redes de wi-fi apresentem congestionamento nas faixas de transmissão de dados e com velocidades reduzidas. O projeto dos cientistas do Reino Unido atenderia justamente essa demanda.
Um estudo divulgado pelo The Journal of Lightwave Technology, apontou o empenho do grupo para desenvolver uma internet rápida capaz de atender a demanda por capacidade e velocidade de dados sem fio.
O Dr. Zhixin Liu, autor sênior do estudo da UCL Electronic & Electrical Engineering, em comunicado oficial à imprensa, disse que a nova abordagem dos cientistas “combina duas tecnologias sem fio existentes, pela primeira vez, eletrônica de alta velocidade e fotônica de ondas milimétricas para superar essas barreiras.”
Segundo ele, o novo sistema permite a transmissão de grandes quantidades de dados com uma velocidade sem precedentes. “Crucial para o futuro das comunicações sem fio”, declarou.
Internet mais rápida
Os cientistas analisaram o cenário global e geraram novos sinais a partir de dispositivos eletrônicos e de geradores de sinais de rádio baseados em luz. A combinação resultou em um sinal de transmissão de dados com ampla faixa de frequência (de 5 a 150 GHz). Isso mantém a alta qualidade do sinal e permite inúmeras conexão ao mesmo tempo.
O professor Izzat Darwazeh, um dos autores do estudo e diretor do UCL Institute of Communications and Connected Systems (ICCS) da UCL Electronic & Electrical Engineering, revelou à imprensa que a base da tecnologia sem fio em velocidade com as maiores larguras de banda é que garantem a qualidade da internet.
“Esse trabalho traz a tecnologia sem fio em velocidade com as maiores larguras de banda e velocidades que foram alcançadas com os sistemas de comunicações ópticas e de radiofrequência dentro da infraestrutura de comunicações digitais de próxima geração”, completou à CNN.
Apesar da fibra óptica ter avançado no mercado da transmissão de dados, ainda apresenta falhas em ambientes com muitas pessoas. Nesse sentido, a descoberta dos cientistas britânicos poderia resolver esse problema. O projeto ainda está em fase de construção de protótipo e a estimativa é que o novo modelo de internet mais rápida esteja disponível em três anos.