Risco cibernético está entre os dez maiores

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A constatação é do Fórum Econômico Mundial, que observou que as ameaças cibernéticas lideram o ranking de preocupações, trazendo maior interesse por esse tipo de cobertura de seguro



Por Redação em 13/06/2022

Nos 12 meses encerrados em fevereiro de 2022, a procura por cobertura de seguros para risco cibernético aumentou quase 100% no Brasil. Além disso, no mês de março deste ano foi registrado o maior patamar de arrecadação desde a criação dessa modalidade de seguros — cerca de R$ 13 milhões —, o que representa um avanço de 23,4% em relação ao mesmo mês de 2021. 

De acordo com o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Dyogo Oliveira, no acumulado de 2022 (janeiro a março deste ano), esse volume alcança R$ 34,5 milhões. “Esse valor é 41,5% superior ao observado no primeiro trimestre de 2021. E, em 12 meses, (de março de 2021 a fevereiro de 2022), o montante de R$ 113 milhões em prêmio é quase 100% maior do que o obtido no mesmo período imediatamente anterior”, afirmou, em matéria do IPNews, mencionando que os ataques cibernéticos têm sido cada vez mais frequentes e a proteção oferecida pelo seguro é uma tranquilidade a mais para as empresas evitarem prejuízos. 

De fato, o interesse pela cobertura aumentou nos últimos anos, especialmente em função do aumento e da virulência dos ataques, principalmente de sequestros de sistemas com pedidos de resgate para recuperação (ransomware). O risco cibernético compõe a lista dos dez maiores riscos globais no curto e no médio prazos, segundo relatório anual do Fórum Econômico Mundial, e encabeça o ranking de preocupações do Allianz Risk Barometer 2022.

De acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep), que classificou essa modalidade de cobertura em 2019, o aumento das vulnerabilidades, aliado às demandas criadas pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), provocou crescimento da demanda, maior sofisticação na avaliação de riscos e elevação dos preços.

Ataques aumentaram em 2021

No ano passado, de acordo com reportagem do Valor Econômico, 66% das organizações globais e 55% das brasileiras sofreram com este tipo de ataque, segundo estudo da Sophos, especialista em segurança. O número de vítimas que pagaram resgates acima de US$ 1 milhão alcançou 11% do total.

Só neste ano, ataques bem-sucedidos no Brasil envolveram sistemas financeiros, varejo, indústria, saúde e tecnologia, entre outros, fazendo com que as seguradoras reformulassem suas ofertas. Mas, vale explicar que a cobertura de Riscos Cibernéticos é voltada apenas para o perfil pessoa jurídica, incluindo as PMEs. 

Os pedidos de resgaste para “sequestro de dados” por ransomware estão amparados pelo seguro, bem como a investigação para entender o que ocorreu e, ainda, outros prejuízos consequentes, tais como: lucros cessantes e despesas operacionais decorrentes da paralisação das atividades das empresas.



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