A Synkar Autonomous, startup brasileira fundada por Lucas Assis, desenvolve robôs autônomos para diferentes setores da economia. Impulsionadas pelo 5G e pela inteligência artificial, essas máquinas operam com maior eficiência e segurança, tomando decisões em tempo real. Em entrevista ao Podcast Próximo Nível, conduzida pelo jornalista Luiz Gustavo Pacete, em parceria com a Claro empresas, Lucas conta que a missão da empresa é resolver problemas brasileiros com tecnologia nacional.
Os robôs da empresa estão presentes em ambientes industriais, hospitalares e comerciais, e desempenham tarefas de logística interna, como o transporte de medicamentos, exames e refeições. “A gente entrega amostras de exames e remédios em hospitais da mesma forma que eu pego pedidos em um shopping, ou pego pedidos na portaria do condomínio e levo ao consumidor final”, explica Lucas. Essa versatilidade é o que torna o produto economicamente viável.
Conectividade e IA
A conectividade é o que garante a comunicação entre os sistemas e a tomada de decisão em tempo real. As redes privativas 5G oferecem baixa latência e alta disponibilidade e viabilizam que esses veículos autônomos troquem informações com outros equipamentos em milissegundos. Soluções de rede privativa permitem que cada empresa controle o acesso de usuários e dispositivos, e garante a proteção contra invasões e vazamentos.
Os robôs da Synkar operam com algoritmos de IA que processam imagens, mapeiam o ambiente em 3D, otimizam rotas e detectam obstáculos. ”A gente faz essa reconstrução 3D com essas quase dez câmeras que a gente tem no robô e ele navega com esse modelo virtual do mundo que o tem na cabeça dele”, comenta. Essa abordagem é semelhante à usada pela Tesla em seus carros autônomos.
A maior parte das decisões é tomada pelo robô em tempo real. A rede atualiza o sistema com novas informações, mas o robô decide sozinho se deve virar, parar ou desviar. Esse processamento local garante respostas imediatas em situações críticas, como detectar uma pessoa em área de risco dentro de uma fábrica ou identificar uma tentativa de invasão em um condomínio.
Segurança
Os robôs operam em ambientes compartilhados sobre protocolos de segurança física e digital. As máquinas são testadas com base em padrões internacionais, com limites de velocidade e tempo de reação definidos. Lucas afirma que eles são mais seguros do que um operador humano.
No campo da cibersegurança, as máquinas seguem as mesmas regras aplicadas a sistemas corporativos, com criptografia e proteção de ponta a ponta. “As câmeras do robô são usadas como câmeras de segurança. São conexões de ponta a ponta que vão direto para o sistema do nosso cliente, então nem passam pelo servidor da Synkar. Essa informação não é compartilhada com os nossos sistemas justamente porque temos um compliance fechado com a LGPD”, comenta.
Acompanhe o episódio completo do podcast Próximo Nível, conduzido por Luiz Gustavo Pacete, e entenda como a convergência entre inteligência artificial, robótica e conectividade 5G molda o futuro da automação industrial.
