Daniely Gomiero, diretora de Desenvolvimento Humano Organizacional, Cultura e Sustentabilidade da Claro e vice-presidente de Projetos do Instituto Claro Daniely Gomiero (Foto: Divulgação/ Claro empresas)

Claro assina simultaneamente sete Movimentos do Pacto Global da ONU

4 minutos de leitura

Em entrevista ao Próximo Nível, Daniely Gomiero explica como a estratégia conecta conhecimento e potencial de escalabilidade a movimentos globais da agenda ESG



Por Redação em 13/10/2025

A Claro oficializou sua adesão simultânea a sete dos dez Movimentos do Pacto Global da ONU dentro da iniciativa Ambição 2030, reforçando o compromisso da companhia com pautas sociais, ambientais e de governança. O alinhamento reflete o esforço da organização em direcionar seu potencial de impacto a temas como transparência, educação, diversidade, economia circular e metas climáticas.

Segundo a diretora de Desenvolvimento Humano Organizacional, Cultura e Sustentabilidade da Claro e vice-presidente de Projetos do Instituto Claro, Daniely Gomiero, o “comprometimento com um futuro — e também com o presente — mais sustentável é o grande norteador dessa decisão”. Durante a entrevista, ela detalha as razões da adesão, o papel do Instituto Claro e os reflexos dessa assinatura. 

Como enxerga a relevância dessa adesão em um ano marcado pela COP?

Todos os olhos estão voltados para a COP, isso é inegável. Por isso, firmar esse compromisso neste ano é algo ainda mais especial. Reforça uma construção que a Claro já faz há mais de 20 anos e, agora, mostra de forma consistente que podemos ir além por meio da adesão de Movimentos tão relevantes quanto os que assumimos.

Seguimos atentos e atentas às necessidades dos consumidores, das pessoas e do planeta. Nesse constante aprendizado e avaliação de cenários, o nosso compromisso é com um presente e um futuro mais sustentável e, por esse motivo, estamos abertos a oportunidades de somar esforços em prol dessas agendas.

Por que a Claro decidiu aderir a sete Movimentos de uma só vez?

Quando iniciamos as tratativas com a Rede Brasil do Pacto Global da ONU, nós já tínhamos uma estratégia muito clara: aliar o nosso conhecimento e potencial de escalabilidade com os Movimentos relevantes que estão próximos do nosso dia a dia, e principalmente, alinhados aos nossos propósitos. Vale ressaltar que para que uma empresa faça essa adesão, ela já precisa ter uma caminhada dentro do tema escolhido ao mesmo tempo em que se compromete a ir além.

E ao olharmos para os Movimentos, com cautela e entusiasmo, percebemos que era possível. Então, fomos em frente e hoje aderimos, de uma só vez, aos Movimentos Transparência 100%, Educa 2030, Mente em Foco, Elas Lideram, Raça É Prioridade, Conexão Circular e Net Zero.

Algum desses é tratado como prioridade para a Claro?

Não, todos os Movimentos são igualmente importantes dentro de seus eixos de atuação. Reflexo disso, foi o nosso compromisso de aderir a esses Movimentos de uma única vez. A assinatura de cada um dos Movimentos, individualmente, fala sobre as nossas capacidades, escalabilidade e propósito, ao mesmo tempo. Para nos comprometermos com um Movimento, precisamos conhecer a fundo quais são os seus desafios e metas.

Gostaria de destacar algum deles?

Vale destacar os Movimentos Transparência 100% e Educa 2030, já que esses dois Movimentos falam de agendas transversais. A base deles é a transparência e a integridade, além do olhar atento à educação e aos caminhos que podemos percorrer em conjunto para movimentar essas agendas.

Quando falamos do Movimento Transparência 100%, tratamos da crença de que empresas devem ir além das obrigações legais para fortalecer seus mecanismos de transparência e integridade. Nesse caso, além de já ser uma premissa na Claro, nos comprometemos publicamente a aperfeiçoar os nossos processos para garantir transparência e integridade em todas as nossas ações.

Já quando falamos do Educa 2030, trazemos questões como a escolaridade, inclusão produtiva de jovens e desenvolvimento profissional de mulheres em carreiras da ciência, tecnologia, engenharia e matemática, com a intenção de impulsionar o avanço do setor empresarial na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Dentro de casa, temos o Instituto Claro, que olha diretamente para pautas de educação e cidadania, e há 24 anos trata desses eixos impactando milhares de pessoas por meio do ensino e das oportunidades.

O que essa adesão representa para a Claro, setor e clientes?

Mulher sorridente usando celular vermelho em ambiente ao ar livre, com árvores verdes ao fundo, transmitindo alegria e conexão digital.
Foto: Zigres/ Shutterstock/ Modificada com IA

A Claro é o maior grupo de Telecomunicações da América Latina e investe, há mais de 20 anos, em educação, cultura, cidadania e meio ambiente, para contribuir para que o mundo seja um lugar melhor para se viver. O nosso comprometimento com um futuro (e um presente) mais sustentável é o grande norteador dessa decisão.

É fundamental que as empresas utilizem o seu potencial e escalabilidade em prol das pessoas e do planeta, e é por isso que acreditamos e aderimos a esses Movimentos. E é, justamente, sobre o poder de uma empresa impactar todo o seu meio que a Ambição 2030 fala. Esse meio, por sua vez, impacta diretamente o nosso consumidor, que é um dos principais valores dentro da Claro. Portanto, nos comprometemos com a transparência, com a educação, com agendas afirmativas para gênero e raça, além de falar sobre a circularidade dos resíduos, net zero e mente em foco. Juntas, essas ações ajudam a construir o presente e futuro que queremos para todas as comunidades onde atuamos, direta ou indiretamente.

Durante a entrevista, você mencionou o Instituto Claro. De que forma ele contribui para consolidar os compromissos de sustentabilidade da empresa?

O Instituto Claro é o grande responsável pelas ações de responsabilidade social corporativa da empresa, e por isso, ele tem um lugar especial em nossa estratégia ESG. Por meio da missão de conectar pessoas para um futuro melhor, o Instituto já beneficiou mais de 80 mil alunos em projetos educacionais e contou com mais de 53 mil participações em ações voluntárias.

A atuação do Instituto ocorre por meio de iniciativas com foco nos pilares de Educação e Cidadania, apoia e realiza projetos de longo prazo, como Dupla Escola, Campus Mobile, Ação Social pela Música, entre outros. Além dos projetos e apoios, o Instituto também promove debates e parcerias com organizações especialistas, como o UNICEF, a AACD e muitos outros.

Para finalizar, de que forma a Claro acredita que a telecomunicação pode acelerar os ODS?

O grande foco do nosso negócio é a conexão. E falar sobre isso envolve muito mais do que a disponibilidade de um sinal. É sobre dar oportunidades, acesso, entretenimento e conhecimento.

Ao atuarmos com a estratégia de ambidestria, que é, resumidamente, cuidar do nosso negócio ao mesmo tempo em que promovemos agendas igualmente importantes como a estratégia de sustentabilidade, ficamos à frente no sentido de acelerar compromissos e Movimentos globalmente relevantes.

A Claro possui compromissos e atuação perene em linha aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – dentro dos nossos eixos de atuação e de acordo com a matriz de materialidade da AMX, América Móvil – e sabemos que esse movimento é relevante, poderoso e constante em todo o mercado de telecomunicações.



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