Embora os projetos de cidades inteligentes utilizem tecnologias que coletam grandes quantidades de dados para melhorar a vida urbana, essa ação tem riscos significativos à privacidade das pessoas. Isso acontece porque esses dados podem conter informações sensíveis, incluindo movimentos, padrões de deslocamento, hábitos de consumo e até mesmo comunicações pessoais.
Para alguns especialistas, é possível equilibrar as duas coisas, como destaca o artigo do site Liveable Cities.
Segundo o material, existem três estratégias que permitem manter a privacidades dos cidadãos e, ao mesmo tempo, atender às necessidades de segurança:

1. Minimização de dados: Uma das maneiras mais eficazes de preservar a privacidade em cidades inteligentes, essa iniciativa propõe que apenas os dados estritamente necessários para um propósito específico sejam coletados. E, mesmo assim, eles devem ser retidos somente pelo tempo necessário. Ao limitar a quantidade de dados coletados e armazenados, as cidades reduzem significativamente o risco de violações de privacidade e uso indevido. Um exemplo são os sistemas de gerenciamento de tráfego projetados para coletar dados anônimos sobre os fluxos de veículos, em vez de rastrear veículos individuais.
2. Práticas transparentes de dados: A transparência é fundamental para construir a confiança e preservar a privacidade dos cidadãos. As cidades devem garantir que os cidadãos estejam informados sobre como seus dados estão sendo usados e que tenham controle sobre suas informações pessoais. Entre as ações que garantem isso estão as políticas claras sobre coleta de dados, assim como o envolvimento de cidadãos no processo de tomada de decisão de como será essa coleta.
3. Medidas fortes de segurança de dados: Proteger os dados contra acessos não autorizados e violações é essencial para manter a privacidade em cidades inteligentes. Isso envolve a implementação de medidas de segurança robustas, tais como criptografia, controles de acesso e auditorias de segurança regulares.
Sobre esse último ponto, o artigo reforça que os gestores de cidades inteligentes devem adotar uma abordagem proativa para a segurança de dados, atualizando seus sistemas regularmente e se mantendo à frente das ameaças emergentes. A colaboração com especialistas e organizações de segurança cibernética também é essencial para desenvolver estratégias eficazes de proteção e atualização contínua dos sistemas que garantam a privacidade dos dados.