Migrar para a nuvem tornou-se um pilar estratégico para empresas que buscam inovação e eficiência operacional. Além de facilitar o armazenamento e processamento de dados, o cloud computing permite a criação de novos modelos de negócios. Segundo o e-book “Jornada para a Nuvem: Porque a Inovação Não Pode Esperar”, da Embratel (agora Claro empresas), a transição exige planejamento cuidadoso e apoio de parceiros especializados.
Por que migrar para a nuvem?
A necessidade de atender rapidamente às demandas do mercado é o principal motivo para a migração. A nuvem oferece escalabilidade e segurança, possibilitando o desenvolvimento ágil de produtos e serviços.
As plataformas em nuvem permitem que as organizações ajustem rapidamente seus recursos computacionais para atender a picos de demanda ou expandir suas operações de forma ágil. A escalabilidade da nuvem facilita a criação e implementação de novas unidades de negócios em tempo reduzido, permitindo que empresas inovem e cresçam sem as limitações de uma infraestrutura física fixa.
Casos práticos incluem fábricas automatizadas que utilizam a nuvem para monitorar máquinas em tempo real dentro do conceito de Indústria 4.0. No varejo, e-commerces se beneficiam ao lidar com picos de demanda, em períodos como a Black Friday. Pequenas empresas também têm acesso a tecnologias antes restritas a grandes corporações, sem precisar de altos investimentos em infraestrutura.
Além disso, a migração para a nuvem é um dos principais impulsionadores da redução de custos em TI, permitindo que empresas eliminem despesas significativas com manutenção de infraestrutura física, como data centers tradicionais. Com o modelo baseado em cloud, é possível adotar uma abordagem de pagamento conforme o uso, otimizando os gastos ao adequá-los às necessidades reais do negócio.
Grandes bancos, como Bradesco, Itaú Unibanco e Santander, já adotaram a nuvem, integrando tecnologias avançadas como inteligência artificial generativa para aprimorar serviços e atendimento ao cliente. Sandboxes de experimentação, como os implementados pelo Santander, destacam o papel da nuvem na promoção de agilidade e modernização tecnológica.
Esses avanços também envolvem parcerias estratégicas com provedores de serviços de nuvem, como a AWS, que fornecem infraestrutura robusta e flexível. Os resultados incluem melhorias na qualidade do serviço, redução de incidentes e maior capacidade de atender demandas regulatórias. No Itaú Unibanco, por exemplo, a modernização de 50% da plataforma resultou em um aumento de dez vezes na implantação de soluções em cinco anos.
Para enfrentar desafios como gestão de grandes volumes de dados e segurança digital, os tribunais brasileiros também estão adotando a nuvem. Iniciativas como o uso de IA para segurança e análise de comportamento estão fortalecendo a modernização dos sistemas judiciais.
Etapas da jornada
O planejamento começa com um diagnóstico que identifica as necessidades e prioridades da organização. É nessa fase que custos operacionais e riscos são avaliados, e o modelo de contratação – como soluções sob demanda, no formato “as a service” – é definido.
A cultura “as a service” permite que, assim como equipamentos podem ser alugados na construção civil, empresas podem contratar infraestrutura e software conforme a demanda, se ajustando às mudanças de mercado e às próprias necessidades de armazenamento de informações.
O planejamento e execução da migração inclui definir quais sistemas serão migrados, analisar custos e escolher entre nuvens públicas, privadas ou híbridas. Ferramentas como o AWS Landing Zone ajudam a criar ambientes seguros e eficientes para essa transição.
Nuvem híbrida, pública, privada ou multicloud?

Existem diferentes tipos de nuvens que podem ser escolhidas para a migração. A nuvem pública é ideal para organizações que buscam escalabilidade e economia. Nesse modelo, provedores de serviços hospedam a infraestrutura, permitindo que múltiplos clientes compartilhem os recursos de forma segura e independente. Ela é amplamente utilizada por empresas para gerenciar cargas de trabalho como análises de dados, hospedagem de websites e armazenamento de arquivos. Sua principal desvantagem é a menor personalização, especialmente para organizações com requisitos específicos de segurança e controle.
A nuvem privada é desenvolvida exclusivamente para uma única organização, oferecendo controle completo sobre a infraestrutura. Esse modelo é frequentemente escolhido por empresas que lidam com dados sensíveis ou possuem regulamentações rígidas. Ela tende a ser mais cara, uma vez que o investimento em manutenção e atualização da infraestrutura recai completamente sobre a organização.
A híbrida integra as vantagens da nuvem pública e privada. Ela permite que as organizações utilizem a elasticidade e custo-benefício da nuvem pública para cargas de trabalho menos sensíveis, enquanto armazenam dados críticos ou sensíveis em uma infraestrutura privada mais controlada. Sua eficácia depende de uma arquitetura bem projetada para assegurar a integração eficiente entre os ambientes.
Já a multicloud envolve o uso de vários provedores de nuvem simultaneamente, permitindo às organizações diversificar suas operações e evitar dependência excessiva de um único provedor. Esse modelo oferece benefícios como maior flexibilidade e otimização de custos, já que cada provedor pode ser escolhido com base em suas forças específicas. Gerenciar uma multicloud exige atenção redobrada para garantir a interoperabilidade entre os diferentes sistemas e manter a segurança em toda a rede.
Pontos de atenção ao migrar para a nuvem
A migração exige atenção especial à segurança e ao controle de custos. Estudos da McKinsey mostram que erros de migração podem aumentar os custos em cerca de 14% acima do planejado, destacando a importância de processos bem estruturados. A falta de profissionais qualificados em nuvem exige investimentos em requalificação ou contratação de novos desenvolvedores.
Os gastos globais com infraestrutura de nuvem cresceram 36,9% no primeiro trimestre de 2024, totalizando US$ 33 bilhões, com destaque para a nuvem pública, que respondeu por US$ 26,3 bilhões e registrou um aumento de 43,9%. Esse crescimento foi impulsionado por investimentos em inteligência artificial e melhorias econômicas.
Enquanto regiões como Ásia/Pacífico (85,4%) e Estados Unidos (37%) apresentaram forte crescimento no setor, a América Latina foi exceção, com uma queda de 2,8%, atribuída a fatores geopolíticos e econômicos. A perspectiva de longo prazo aponta para um crescimento anual composto de 14,3% até 2028, alcançando US$ 213,7 bilhões, com projetos de computação de alto desempenho e IA como principais direcionadores.
Gestão contínua
Após migrar para a nuvem, a gestão contínua é indispensável. Isso inclui monitorar desempenho, ajustar recursos conforme necessário e atualizar sistemas para manter a segurança. Empresas que investem nesse acompanhamento conseguem maximizar os benefícios da nuvem e se adaptar rapidamente às mudanças do mercado.
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