setor eletrico ciberseguranca

Digitalização do setor elétrico requer cuidados em cibersegurança

2 minutos de leitura

O aumento de ataques a empresas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica deve ampliar investimentos em segurança digital em 2021, inclusive no Brasil



Por Redação em 04/01/2022

De acordo com a Fortinet, o setor de energia e utilities foi o sexto, em termos globais, com maior incidência de ataques do tipo ransomware no primeiro semestre de 2021. As empresas que operam na distribuição de energia são consideradas as mais vulneráveis, devido ao maior número de ativos na rede. A perspectiva, com a instalação de medidores inteligentes, é de que o número de incidências aumente. 

Para ilustrar, apenas neste ano a paranaense Copel e a estatal federal Eletronuclear, da Eletrobras – que opera as usinas atômicas de Angra 1 e 2 – revelaram terem sido alvos de tentativas de invasão, embora infraestruturas relacionadas aos serviços de energia não tenham sido afetadas. Em 2020, as brasileiras  Energisa e a Light também relataram ocorrências, assim como as europeias Enel e EDP, que possuem unidades no país.

Para a PwC, que também realizou um estudo do segmento, as novas tecnologias, como robótica, inteligência artificial (IA), machine learning e Internet das Coisas (IoT) permitiram grandes avanços, como a possibilidade de operar remotamente grandes instalações, plantas e subestações, mas também aumentaram de forma drástica a exposição das empresas a ameaças. 

Redes devem ter requisitos mínimos de segurança

Para reduzir a incidência de ataques, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), responsável por coordenar o acionamento de usinas e o uso de linhas de transmissão, iniciou discussões para propor critérios e requisitos mínimos de segurança cibernética para o setor. Afinal, os ataques podem resultar em falhas no fornecimento ou exposição de dados dos clientes, entre outros problemas. As definições do órgão incluem o estabelecimento de inventário de ativos, gestão de vulnerabilidade e de acessos. 

Diversas questões, como a migração de funcionários para o trabalho remoto e a implantação de soluções como ominicanalidade e automedição de consumo, aumentam a exposição aos riscos nas redes elétricas e, por isso, Roberto Suzuki, gerente regional sênior de tecnologia operacional (TO) da Fortinet, avalia que “é preciso trabalhar o conceito de ‘Security Driven Networking’, no qual a implementação de conectividade de rede já integra os conceitos de segurança desde o princípio da operação”.

Em reportagem do site de notícias Infraroi, ele explicou que, dessa forma, é possível reduzir custos e ampliar a eficiência operacional, de modo significativamente maior do que tentar “remediar” a segurança de uma infraestrutura digitalizada.



Matérias relacionadas

Robô entregador de pacotes em uma central de distribuição, trabalhando ao lado de funcionários humanos no processo de logística e armazenamento. Estratégia

Automação e IA se tornam diferenciais para o e-commerce no Natal

Com projeções bilionárias para o Natal, as tecnologias são aliados para atender consumidores, ganhar eficiência operacional e evitar perdas em períodos de pico

Duas pessoas analisando gráficos de negócios em um ambiente moderno, destacando a importância de real time analytics para tomada de decisões rápidas e eficazes. Estratégia

Conheça o que é real time analytics e como ela favorece a área financeira 

A combinação de edge computing com real time analytics é uma das principais novidades do ecossistema financeiro. Entenda como essa integração transforma o processamento de dados no setor

Da esquerda para a direita: Silvio Meira, Rony Vainzof, Mario Rachid e Ronaldo Lemos Estratégia

Série de conversas veiculadas pelo Valor aborda os pilares da IA para o “próximo novo”

Episódio inaugura série contando que o “próximo novo” não depende apenas de tecnologia, mas sim de como empresas estruturam processos, tomam decisões e lidam com risco na era da inteligência artificial

Da esquerda para a direita: Dener Souza, Denis Nesi, Fernanda Beato, Flávia Pollo Nassif, Marcelo Queiroz Estratégia

Fraudes “inovadoras” desafiam companhias a ampliar proteção sem travar produtividade

Responsáveis por segurança corporativa revelam como enfrentam nova geração de golpes, equilibrando prevenção, experiência do cliente e eficiência operacional

    Embratel agora é Claro empresas Saiba mais