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Como CIOs e CFOs alinham objetivos e critérios de decisão

2 minutos de leitura

Peso da tecnologia nos negócios aproxima perspectivas dos especialistas e une visões técnicas e econômicas em um framework global.



Por Redação em 09/09/2025

Após os times de plataformas, dados e UX trabalharem em um excelente dashboard para a alta gestão, o diretor olha as informações e indaga: “por que a TI gasta tanto dinheiro?”. Embora a piada ainda não chegue a soar anacrônica, uma reportagem da Information Week aponta uma compreensão mais clara da relação entre investimentos e geração de valor.

As companhias tendem a preservar seus investimentos em tecnologia, pelo consenso de seu papel imprescindível em redução de custos e incremento de receita ou margem. As fontes citadas na Information Week destacam que os executivos de TI devem saber traduzir aos stakeholders – e não apenas ao CFO – os investimentos em termos de eficiência operacional; inovação/competitividade; controles de riscos; e outras métricas corporativas.

A reportagem How CIOs Can Work With CFOs on Sufficient Project Funding explora estratégias para evitar que projetos de TI sejam subfinanciados. Segundo Matthew Guarini, do Technology Business Management Council, os CFOs priorizam cada vez mais tecnologia em relação a outras áreas, reconhecendo seu impacto em crescimento e receita. Para Beth Weeks, da Planview, CIOs devem apresentar narrativas financeiras claras, com dados sobre gargalos e resultados, tornando TI um habilitador estratégico. Uku Sööt, da IPB Partners, destaca que decisões de investimento devem ser baseadas em ROI e prioridades financeiras, enquanto a relação se fortalece por meio de comunicação constante. O artigo enfatiza transparência e confiança mútua como elementos essenciais para transformar a TI em um diferencial competitivo.

FinOps – uma visão financeira estruturada dos investimentos em TI

Foto: Take Production / Adobe Stock

Enquanto a relação entre CFOs e CIOs tem evoluído de uma postura defensiva para uma parceria estratégica, a prática de FinOps é um dos principais motores dessa mudança. Inovações estruturais nas arquiteturas tecnológicas e empresariais reforçaram o alinhamento entre o planejamento financeiro e a execução da operação.

Do lado da TI, o modelo comercial da nuvem; a abordagem de contêineres (que encapsulam o serviço e seus recursos em um único pacote); e os projetos baseados em microsserviços simplificam a visão de consumo, custos e resultados.

Na organização empresarial, a integração de times multidisciplinares, com workflows e métricas direcionadas por produtos e linhas de negócio, amplia a visibilidade de toda a cadeia.

Em artigo publicado na TI Inside, Antônio Vinhas, veterano executivo de TI, explica como as referências da FinOps Foundation ajudam a resolver os desafios.

Vinhas destaca que a metodologia vai além da redução de custos: é uma nova linguagem de governança que une tecnologia e finanças em torno de dados e valor estratégico. Segundo ele, FinOps promove accountability, integra áreas e impulsiona decisões mais conscientes. O executivo cita pesquisa da Deloitte que aponta redução de até 30% nos custos de nuvem em empresas com maturidade em FinOps e o caso da WPP, que economizou US$ 2 milhões em três meses. O artigo ainda ressalta que a prática exige liderança conjunta e cultura organizacional baseada em colaboração contínua.A FinOps Foundation, criada em 2019, reúne especialistas de grandes empresas globais e disponibiliza o FinOps Framework, um modelo de referência que padroniza práticas, papéis e métricas. O framework organiza o ciclo de governança financeira em três fases – Informar, Otimizar e Operar – e oferece um guia prático para empresas que buscam transformar a gestão de custos em nuvem em vantagem competitiva.



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