Caixa quer usar IA para melhorar a vida das pessoas

2 minutos de leitura

Em entrevista, VP da Caixa, Laércio de Souza, fala sobre o propósito do uso de IA no banco



Por Redação em 26/07/2024

O vice-presidente de Tecnologia da Caixa, Laércio de Souza, conversou com Rodrigo Conceição Santos, editor do Próximo Nível, sobre os impactos da tecnologia na operação bancária. Segundo ele, o banco está planejando novas contratações (via concurso) para a área de tecnologia da informação (TI).

“Uma das adversidades que enfrentamos está relacionada aos perfis profissionais que temos no banco. Precisamos adequá-los, ou seja, temos a oportunidade de fazer um onboarding que considere as diferenças geracionais, étnicas, de gênero, entre outras. Nosso foco é a contratação de profissionais especializados e que tenham condições de usar a IA generativa, por exemplo, para melhorar a qualidade de vida do cidadão brasileiro. Nossa multiplicidade é muito grande. Então, administrar essa diversidade de uma forma que seja boa pra eles e pra instituição, é uma tarefa árdua”, apontou o VP.

Segundo ele, a Caixa desenvolveu cinco trilhas específicas para os novos colaboradores seguirem, o que os permitirá o aprendizado interno de forma mais leve e adaptável. “A Caixa tem em seu DNA a preocupação com a equidade. Uma das ações que fizemos foi criar um squad de PCDs para criar produtos para PCDs. A hiperpersonalização começa de dentro pra fora. Então pensamos: quem mais indicado do que o nosso público interno para dizer o que melhor se adapta a realidade dele?”, justificou.

Um dos pontos revelados durante a entrevista foi a questão das normativas. Segundo o vice-presidente da instituição, a Caixa tem mais de 4 mil normativas internas e de órgãos reguladores, o que muitas vezes se torna uma barreira para os funcionários e até para os clientes compreenderem. “A IA generativa vai começar a atuar de forma conjunta com nossos colaboradores e, por consequência, todo esse fluxo vai melhorar”.

E quando o assunto foi a faixa etária dos colaboradores em relação ao uso de IA, para Souza, as dificuldades e as facilidades serão diferentes tanto para os mais jovens quanto para os mais velhos. “Os jovens, em maioria, têm mais energia, enquanto os mais velhos são mais pragmáticos. Nosso maior especialista em inteligência artificial tem 44 anos de banco. Sérgio Medeiros entrou na instituição em 1980, e é a grande referência da Caixa em IA. E isso é uma quebra de paradigmas, onde a experiência se sobressai. Ele se tornou uma referência para todos os colaboradores da Caixa e também para o mercado. O perfil que a Caixa procura para um profissional de TI é uma pessoa que tenha a vocação de servir e melhorar a vida do cidadão brasileiro”, completou.



Matérias relacionadas

investimento em IA Estratégia

Investimentos em IA crescem com agendas convergentes de empresas e governos

Com aportes bilionários, Alibaba Cloud e governo brasileiro apostam na inteligência artificial para otimizar serviços e promover melhorias nos setores público e privado

self-checkout Estratégia

Self-checkout deve envolver cada vez mais IA para reduzir perdas

Preferência por autoatendimento no varejo faz com que empresas invistam cada vez mais em tecnologias capazes de identificar e eliminar furtos na jornada de compra

julgamento ético Estratégia

OCDE não recomenda uso de IA em julgamento ético e raciocínio crítico

Relatório aponta que ferramentas não atingem nível de desempenho humano nessas duas capacidades

aulas IA generativa Estratégia

IA Generativa transforma experiência de docentes e alunos em sala de aula

Novo assistente para professores, utilizado pela Somos Educação, otimiza a rotina e impulsiona o ensino básico no Brasil

    Embratel agora é Claro empresas Saiba mais