bradesco ia generativa Fernando Freitas, head de inovação do Bradesco

Bradesco testa IA generativa em diferentes áreas

2 minutos de leitura

Banco avalia a eficiência da tecnologia em aplicações e atividades internas, mas preserva o motor da BIA



Por Redação em 11/05/2023

O rápido avanço da inteligência artificial generativa colocou a tecnologia em inúmeras rodas de conversas nas mais variadas áreas, além de alçar o tema para a pauta de prioridades das empresas. Dentre os primeiros a adotar inteligência artificial para o atendimento ao cliente, o Bradesco é uma destas organizações que testam a IA generativa, e que já percebeu ganhos de eficiência em algumas aplicações.

Falando ao podcast Próximo Nível, durante o Web Summit Rio 2023, Fernando Freitas, head de inovação do Bradesco, ressalta que o Banco, por ser uma instituição de portas abertas, avalia a tecnologia com lupa. O objetivo é evitar, principalmente, conflitos éticos.

Os primeiros testes mostraram que a tecnologia pode ser eficiente no atendimento às reclamações dos clientes. A plataforma resumiu de 200 para 50 palavras o contexto avaliado pela equipe de atendimento, reduzindo, com isso, o tempo de espera do cliente em 30%.

A área de desenvolvimento de sistemas também implementou os motores da Open IA – ChatGPT 3 e 4 – para avaliar o impacto no desenvolvimento e nos testes de sistemas e aplicações. “Os primeiros testes mostraram que conseguimos reduzir em 40% a 50% o tempo necessário para escrever um conjunto de códigos. IA não substitui um desenvolvedor, mas pode gerar muita eficiência”, cita Freitas. Na área de testes, a ferramenta pode, por exemplo, assumir as simulações hoje feitas por humano, reduzindo o tempo e os erros, segundo ele.

Já no atendimento ao cliente, está em estudo como a IA generativa pode auxiliar – ou ser agregada – à Bradesco Inteligência Artificial – BIA. A BIA usa como motor o IBM Watson, que permite às empresas programarem uma resposta. Já a IA generativa, segundo Freitas, por construção, garante apenas que o cliente receberá a melhor resposta possível, ou seja, a empresa não controla a resposta, se restringindo ao treinamento e à base de conhecimento da IA. 

“Cada motor tem a sua finalidade. Vamos continuar com o IBM Watson, porque ele é muito importante e relevante para o serviço BIA. Mas, com certeza, já está no nosso plano acoplar os motores da Open IA para fazer frente a algumas tarefas não atendidas pelo Watson”, conta Freitas, citando a flexibilidade de memória e a mudança de contexto nas conversas como exemplos de entregas da Open IA que podem ser somadas à BIA.

Neste podcast, Freitas também fala sobre outras prioridades do Bradesco na área de inovação digital, como o Banco enxerga o seu papel no futuro, a adoção da tecnologia 5G, dentre outros temas, e revela o passo a passo da implementação recente da biometria facial aplicada na validação do token nos celulares.

Confira a íntegra da entrevista concedida por Freitas ao podcast Próximo Nível.




Matérias relacionadas

Profissional de tecnologia colaborando em cibersegurança, segurando tablet com símbolo de cadeado, conceito de cooperação para proteção digital. Estratégia

Cooperação para cibersegurança: do cabo submarino ao modem doméstico

Reguladores buscam articulação de governo, indústria, operadoras, setor privado e sociedade para garantir um ambiente digital mais seguro

Especialista em cibersegurança analisando gráficos digitais de segurança e inteligência artificial em tela de computador moderna. Estratégia

Cibersegurança enfrenta novas ameaças e ainda tem que trabalhar nos fundamentos

Multicloud e agentes de IA ampliam a superfície de ataques, enquanto especialistas reforçam que executar bem o básico e alinhar prioridades faz diferença

Profissionais de saúde analisando dados de tecnologia de Saúde 5.0 que promove a equidade na medicina, com uso de inteligência artificial e inovação no setor Estratégia

Saúde 5.0 promove equidade na medicina

Uso de IA e tecnologias vestíveis amplia o acesso à saúde e fortalece a prevenção

Engenheiro industrial operando em uma fábrica moderna, representando a neoindustrialização brasileira com investimentos em tecnologia 4.0 para o desenvolvimento industrial. Estratégia

Neoindustrialização brasileira passa por investimentos em indústria 4.0

Painel na Futurecom discute como a nova indústria brasileira deve estimular o desenvolvimento tecnológico e capacitação profissional

    Embratel agora é Claro empresas Saiba mais