Pessoa interagindo com interfaces digitais futurísticas que representam experiências de compra integradas e intuitivas no conceito de comércio agêntico. Imagem gerada digitalmente

Atentas ao “comércio agêntico”, Google e PayPal firmam parceria

2 minutos de leitura

Integração entre infraestrutura global de pagamentos e expertise em IA das empresas tem como objetivo criar um novo padrão de experiências personalizadas no comércio digital



Por Redação em 13/11/2025

De olho nas mudanças de mercado impulsionadas pela inteligência artificial (IA), a Alphabet, controladora do Google, e o PayPal anunciaram uma parceria estratégica no comércio digital. O acordo prevê o desenvolvimento de experiências de compra mais integradas e intuitivas, explorando o conceito emergente de “comércio agêntico”. O termo se refere a um modelo em que agentes inteligentes otimizam o processo de compras por meio da realização de tarefas como comparar preços, sugerir produtos e concluir pedidos em nome dos usuários.

A colaboração baseia-se na expertise das empresas e tem como premissa combinar a infraestrutura global de pagamentos do PayPal com o conhecimento em IA e a infraestrutura em nuvem do Google. Dessa forma, ambas podem desenvolver soluções seguras, personalizadas e escaláveis. O movimento das empresas revela, também, o esforço do setor em responder à preferência do consumidor por interações mais fluidas, ágeis e humanizadas. 

Agentes de IA e pagamentos no centro da parceria

	
Pessoa usando smartphone com o logo do PayPal na tela, sentado em um sofá confortável, representando transações financeiras online com PayPal.
Foto: Bongkarn Graphic/ Shutterstock

De acordo com comunicado das empresas, as soluções incluirão a integração de ferramentas de checkout da PayPal, como o Hyperwallet e o PayPal Payouts, em diferentes produtos do Google. Por sua vez, o PayPal será o responsável pelo processamento de pagamentos em produtos como o Google Cloud, Google Ads e Google Play. O projeto envolve ainda uma reestruturação tecnológica, de aplicação e de infraestrutura na multinacional do ramo financeiro com ajuda do Google Cloud.

O presidente do PayPal, Alex Chriss, destacou que a parceria está “trazendo os produtos e serviços do PayPal para bilhões de usuários do Google e redefinindo o que é possível em escala global”. 

A parceria, no entanto, vai além da simples integração de meios de pagamento e prevê o uso da inteligência artificial no “comércio agêntico”. Neste, agentes autônomos são capazes de executar todo o ciclo de compra, desde a descoberta à efetivação da compra, com base nas preferências e histórico do consumidor.

Nesse sentido, a união também busca estabelecer padrões para o setor, tornando o Agent Payments Protocol uma referência aberta para agentes de IA no que diz respeito às boas práticas e escalabilidade do modelo.

A nova era do “comércio agêntico”

A tendência de agentes inteligentes expõe uma transformação em curso no ecossistema digital. Diferente dos antigos chatbots, limitados a respostas pré-programadas, os novos agentes de IA compreendem contexto, linguagem natural e intenção do usuário. Segundo o fundador da Comunidade Sem Codar Renato Asse, essa transição é mais do que técnica, é comportamental.

Em artigo para o TI Inside, Asse observa que a IA generativa e os agentes inteligentes aproximam a comunicação entre marcas e consumidores ao promover experiências mais empáticas e personalizadas.

“O público atual busca interações fluidas, rápidas e humanas. A IA generativa e os agentes inteligentes permitem que essa comunicação aconteça de forma natural, eliminando a frustração dos menus intermináveis e tornando a experiência mais próxima de uma conversa real. É o momento em que a tecnologia deixa de ser uma barreira e passa a ser uma ponte”, pontuou Asse.

Dados da IBM, citados no artigo, reforçam a dimensão dessa mudança ao constatar que 41% das empresas brasileiras já implementaram alguma forma de IA em seus processos, enquanto outras 34% estão em fase de testes ou avaliação. O avanço dos agentes reflete uma realidade na qual a eficiência operacional e a personalização são expectativas básicas e não mais diferenciais competitivos.



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