Qualcomm aposta na computação de borda para democratizar o uso da IA

Com processadores capazes de rodar modelos sem acesso a nuvem, a empresa quer reduzir custos e levar inovação a negócios de todos os portes



Por Redação em 12/11/2025

A Qualcomm, conhecida pela produção de processadores móveis, quer levar a IA para empresas de todos os tamanhos por meio de computação de borda. A companhia acredita que o futuro da inteligência artificial será distribuído e escalável, e que boa parte do processamento acontecerá próximo do usuário final, e não apenas em data centers distantes.

Em entrevista ao Podcast Próximo Nível, conduzida pelo jornalista Luiz Gustavo Pacete, em parceria com a Claro empresas, Luiz Tonisi, Presidente da Qualcomm América Latina, contou que o custo do processamento na borda é até 70% menor do que na nuvem. “A gente está tentando democratizar o uso de IA em empresas, não só trabalhando com aquele cara que pode fazer um grande investimento”, completou.

A revolução da IA embarcada

A Qualcomm utiliza o Snapdragon, capaz de rodar modelos de IA diretamente em um dispositivo sem depender da nuvem. Esse processador viabilizou aplicações práticas com menor consumo de energia e baixa latência, requisitos essenciais para aplicações em setores como varejo, segurança, educação e saúde.

Para Tonisi, a inteligência artificial será a nova interface de comunicação entre pessoas e máquinas, e que a necessidade de se conectar às redes é um empecilho para a inclusão digital. A companhia já demonstrou versões do ChatGPT funcionando em processadores Snapdragon sem necessidade de conexão à nuvem. 

“Um exemplo: sou um aluno de escola pública e o Ministério da Educação fez um agente. Às vezes não tenho acesso à conectividade, mas tenho um agente rodando na máquina sem a necessidade da nuvem para tirar dúvidas da aula’, complementou.

O 5G permitiu que esses processadores operassem em baixa latência e com maior capacidade de conexão, pré-requisitos para o funcionamento da IA de borda. As redes privativas 5G combinadas com o uso de processadores inteligentes abriram possibilidades em indústrias como logística, mineração e manufatura, em que o tempo de resposta precisa ser imediato.

Ecossistema de parcerias

Segundo Tonisi, o modelo da Qualcomm é de trabalhar através de outros, em colaboração com diferentes provedores de serviço para escalar a IA. “Não tem como você escalar qualquer tecnologia se você não trabalha com parceiros. Porque é o parceiro que no final do dia está em contato com as empresas, com os consumidores lá na ponta, oferecendo esse leque de serviços para diversas verticais”, comentou.

A Claro empresas atua como integradora e conecta a tecnologia da Qualcomm a redes 5G, data centers e serviços de conectividade corporativa. As organizações testaram soluções de visão computacional e IA na borda para diferentes aplicações como contagem de pessoas, mapas de calor em lojas e sistemas de segurança inteligentes. O objetivo das companhias é mostrar que a IA não é um privilégio de gigantes tecnológicos.

Acompanhe o episódio completo do podcast Próximo Nível, conduzido por Luiz Gustavo Pacete, e entenda como a Qualcomm quer democratizar o acesso à inteligência artificial nas empresas com IA de borda.

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