Odelio Horta Odélio Horta Filho (Foto: Divulgação)

Ensino híbrido é um caminho sem volta

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A pandemia acelerou a necessidade de soluções para ensino remoto, e, na visão de Odélio Horta Filho, as novas ferramentas vieram para ficar



Por Redação em 24/03/2022

Em 2020, no início da pandemia, as instituições de ensino precisaram, rapidamente, encontrar alternativas para viabilizar o ensino à distância. No setor público, essa foi uma preocupação ainda maior, pois um ponto crítico foi o fato de que muitos alunos não tinham acesso à internet e, sem isso, o risco de evasão escolar era grande. 

“Na ocasião, os governos estaduais e municipais precisaram de uma medida urgente para resolver essa questão. Apresentamos duas linhas de solução, baseadas na plataforma Embratel Sala de Aula e em Mobilidade, por meio da distribuição de chips, que foram entregues aos estudantes pelo Poder Público”, explicou Odélio Horta Filho, Líder de Desenvolvimento de Negócios para Setor Público da Embratel. 

Em entrevista exclusiva ao Próximo Nível, o executivo relatou alguns casos de sucesso, além de destacar a importância da conectividade segura e as tendências para o futuro da educação. Confira os detalhes!

Como funciona a solução da Embratel para educação à distância?

Odélio Horta Filho – A Embratel Sala de Aula é uma plataforma que conta com vários recursos que viabilizam o ensino remoto. Ela permite aulas online, em tempo real, e também conteúdos gravados, para que o aluno possa acessar depois, além de uma série de ferramentas que contribuem para sua atratividade. Um exemplo disso é o uso de conteúdos gamificados, que estimulam os alunos, ampliando as possibilidades de aprendizagem.

Além da plataforma, a solução apresentada aos governos também incluiu o acesso dos alunos, por meio da distribuição de chips. Um diferencial é que procuramos garantir a segurança e controle dessa conectividade, por meio do Claro Monitor, de forma que os usuários não utilizassem a internet para acessar sites maliciosos, conteúdos inadequados, entre outros. A finalidade é o uso dessa conectividade para fins educacionais. A solução vale tanto para alunos da educação básica quanto para universitários. É difícil imaginar, mas muitos alunos de universidades ficaram sem aulas por falta de conectividade.

Com o abrandamento da pandemia, grande parte das instituições de ensino já retornou às aulas presenciais. Mesmo assim, a educação remota ainda é um tema de interesse para o setor público?

Odélio Horta Filho – Sem dúvida, há total interesse, pois ela viabiliza outras atividades além da aula em si. O aluno pode fazer a lição de casa, assistir conteúdos postados pelos professores, na modalidade sob demanda. Ou seja, ela acaba se tornando um complemento da atividade escolar. É uma forma de motivar o aluno e de aumentar as horas de estudo.

As possibilidades são infinitas. Estamos vendo o avanço de tecnologias como o metaverso, que no futuro poderão permitir que os alunos visitem ambientes virtuais hiper-realistas, como laboratórios, indústrias, museus, entre outros. 

Entendemos que essa solução veio para ficar. O ensino híbrido é uma forma de promover a melhoria dos índices de educação. É uma maneira de expandir o conhecimento e manter a interação entre alunos e professores.

A solução está presente em quantos estados brasileiros?

Odélio Horta Filho – Em cinco estados, mas estamos em negociação com vários outros, em função dos recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST). 

O 5G será também um habilitador dessa solução?

ensino hibrido

Odélio Horta Filho – Sim, o novo padrão permitirá o uso de soluções que nunca foram pensadas antes.

O 5G, além de ampliar a cobertura móvel, com velocidade maior, baixa latência, mais dispositivos por área, tem também regras que as operadoras precisam seguir, para levar acesso a regiões que ainda não possuem. Um dos compromissos é aumentar a conectividade das escolas públicas. Não é nem só a região, tem que levar a conectividade para as escolas. A escola passa a ser um ponto para o aluno se integrar ao mundo.

Essa conectividade é bastante relevante, pois acaba gerando inclusão digital para toda a família do estudante. A conectividade está avançando em várias regiões, inclusive por causa do setor agrícola, que vem destravando investimentos para aumentar as regiões atendidas. 

Além disso, como comentamos, o metaverso é o próximo nível da educação, e o 5G habilita isso. O metaverso proporcionará uma visão melhor de mundo para o aluno, que poderá interagir com outras culturas, conhecer outros lugares, sem a limitação de espaço ou viagens. 

A plataforma também permite que os governos tracem estratégias para melhorar a educação?

Odélio Horta Filho – Sim, porque existem dados de acesso, que podem indicar o interesse por determinados temas. Por exemplo, quanto tempo a pessoa permanece na plataforma, os conteúdos acessados, sua geolocalização, entre outras informações, o que faz com que seja possível determinar estratégias educacionais baseadas em uma quantidade muito maior de informação – lembrando, claro, que isso segue rigorosamente a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), com anonimização dos dados. 

Isso permite o uso de inteligência artificial para descobrir padrões que levam a um melhor rendimento escolar, gerar análises preditivas e que podem orientar políticas públicas mais eficazes. O analytics aplicado à educação pode ser disruptivo, inclusive indicando as melhores trilhas de aprendizagem para cada indivíduo.



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