Com projeção de crescimento na casa dos 6,7% em 2025, o outsourcing de TI se prepara para atender à demanda global de empresas que buscam melhorar a produtividade, reforçar a segurança e promover a sustentabilidade. De acordo com o portal Ti Inside, com base no relatório da plataforma Statista, o investimento na terceirização de serviços tecnológicos está no planejamento de 70% das organizações mundiais.
Para se fortalecer, o mercado apresenta uma série de tendências de avanços, que vão desde multicloud até inteligência artificial (IA) e automação inteligente. Nas palavras do CRO da Arklok, Renan Torres, o setor, que deve atingir o valor de US$ 470 bilhões, passa por uma “profunda transformação tecnológica, na qual o outsourcing de TI deixa de ser apenas uma questão de eficiência operacional e se torna um fator estratégico para o crescimento das organizações”.
O modelo multicloud
A computação em nuvem mantém-se como um dos pilares da transformação digital, mas agora sob a ótica da diversidade. O modelo multicloud, que permite às empresas operarem com diferentes provedores de nuvem, ganha força como solução de independência e resiliência tecnológica.
Essa abordagem reduz riscos de interrupções, evita a dependência de um único fornecedor e permite aproveitar o melhor de cada plataforma. Em um cenário que demanda cada vez mais resiliência e otimização, a multicloud se consolida como um diferencial competitivo estratégico.
Automação inteligente redefine o papel das equipes de TI
A crescente incorporação de ferramentas de automação também provoca uma mudança na dinâmica de trabalho no setor de TI. Em 2025, a tendência é que processos operacionais sejam cada vez mais assumidos por soluções inteligentes, liberando profissionais para funções mais estratégicas.
No suporte técnico, no monitoramento de sistemas e no desenvolvimento de software, a automação contribui para ganhos de eficiência, redução de erros e aumento da produtividade.
Inteligência artificial ganha espaço
O avanço da IA deixa de ser promessa e se torna realidade no dia a dia do outsourcing de TI, à medida que estimula a personalização de serviços, as análises preditivas e a automação de processos.
Ferramentas baseadas em machine learning possibilitam identificar falhas antes que se tornem problemas e embasam decisões em tempo real. Isso garante maior competitividade e uma atuação mais proativa no mercado.
Zero Trust reforça segurança cibernética
O modelo Zero Trust desponta como resposta às ameaças digitais mais sofisticadas. De acordo com relatório da Okta, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Cibersegurança (IBSEC), em 2025, “70% de todas as novas implantações de acesso remoto serão tratadas predominantemente via ZTNA (Zero Trust Network Access)”.
A premissa de que nenhum dispositivo ou usuário é confiável por padrão leva à implementação de camadas rigorosas de autenticação e controle de acesso. Com essa abordagem, empresas conseguem se proteger melhor contra ataques internos e externos, reduzindo a superfície de risco e fortalecendo sua infraestrutura digital frente ao amento de vulnerabilidades.
Sustentabilidade é critério de escolha
Exercer a sustentabilidade e a responsabilidade socioambiental deixaram de ser apenas um diferencial e passaram a influenciar decisões de negócio. O estudo da Capgemini, replicado pelo Ti Inside, mostrou que 79% dos consumidores consideram a responsabilidade social, o impacto ambiental e a inclusão na hora de contratar um serviço ou comprar um produto.
Essa crescente valorização de fornecedores comprometidos com ESG se reflete nos 53% dos consumidores que preferem marcas sustentáveis, mesmo que essas sejam menos conhecidas.