Na indústria financeira, em 2025 a migração para a nuvem continua a ser o principal tema de TI em volume de investimentos, atingindo um total de R$ 3,13 bilhões, que correspondem a 59% a mais do que no ano anterior. Segundo a Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2025, a migração de dados para a nuvem aparece como prioridade de inovação para 88% das instituições, empatando com GenAI.
Tema recorrente na agenda há várias edições do Febraban Tech, a nuvem tem um papel central nas estratégias de IA, na evolução do Open Finance e de outras inovações da indústria financeira. Nesse contexto, a trilha Nuvem híbrida: a estratégia competitiva do setor financeiro vai trazer um conjunto multidisciplinar de painéis, que abrangem desde questões de eficiência e sustentabilidade até interseções com outras transformações em tecnologias e serviços.
Eficiência, governança e sustentabilidade
Segundo o estudo da Febraban, 20% das instituições usam exclusivamente nuvens privadas. Entre as usuárias de nuvens híbridas, 57% das cargas rodam em nuvens privadas.
No painel Simples e melhor: a nuvem moderna, André Andriolli, diretor de tecnologia da Broadcom, destacará as melhores práticas, com exemplos de casos reais do setor financeiro, para movimentar as cargas de forma ágil e flexível, com automação e outros recursos das plataformas de virtualização.
Entre as iniciativas de ESG destacadas pelos participantes da pesquisa, 80% mencionam a redução de consumo elétrico, 65% falam da transição para energia renovável e 60% da redução das emissões de carbono. No total, 67% das instituições bancárias já consideram a redução do impacto ambiental uma prioridade de suas estratégias.
A pressão para que se mitigue o impacto ambiental e as respostas de grandes provedores e usuários são tema do painel As novas tecnologias de energia e dados mudando os data centers, com Agostinho Villela, diretor de tecnologia da Scala Data Centers, e Leandro Cezar, superintendente de TI do Safra.
Na sessão Estruturas hiperconectadas e superclouds para o futuro da nuvem empresarial, Luiz Zucas, gerente de vendas da Agora Distribuidora; Mônica Sasso, líder de transformação em Finanças da RedHat; e Wilson Garcia, gerente-geral de Tecnologia e Plataformas no Banco do Brasil, vão discutir a emergência da “supercloud”, conceito que busca unificar e simplificar a gestão de infraestruturas híbridas, com uma camada unificada de gerenciamento.
O painel focará em como as empresas podem se preparar para o futuro, explorando soluções que integram tecnologia e gestão de dados de forma eficaz, com garantia de interoperabilidade, performance e segurança.
Agilidade e sinergia da nuvem para a inovação

Entre os principais benefícios da nuvem, segundo a pesquisa da Febraban, o “acesso rápido a novas tecnologias” é o mais destacado, seguido de escalabilidade. Além da agilidade obtida com os serviços nativos em nuvem, o ambiente tem uma arquitetura que acelera as integrações por APIs, dados compartilhados e processos colaborativos que dão base à nova geração de serviços financeiros.
No painel XaaS, mudando os requisitos de nuvem, Daniel Augusto Falbi, diretor de TI, infraestrutura e cloud do Bradesco; Luís Ruivo, consultor de Tecnologia e Transformação de Negócios da PwC Brasil; e Rui Botelho, diretor-geral da SAP Brasil tratam dos avanços e desafios na mudança dos paradigmas de infraestrutura e recursos tecnológicos.
Luiza Lavini Cano, diretora de vendas especializada na Visa, também vai compartilhar algumas práticas para agregar agilidade, eficiência operacional e segurança, na sessão Revolução na nuvem: casos de sucesso de transformação digital em core banking.