A transição da marca Embratel para Claro empresas unifica a expertise e o legado da Embratel com a inovação e a força de mercado da Claro, criando uma estrutura ainda mais robusta para atender empresas de todos os portes com soluções tecnológicas avançadas. É o que explica José Formoso, que lidera a unidade de Grandes Empresas e Governo na Claro empresas.
Nesta entrevista, ele dá os detalhes da nova etapa, as novidades na empresa e os benefícios que os clientes podem esperar daqui em diante. Acompanhe.
O que motivou a mudança da Embratel para Claro empresas e o que se espera com essa transição?
A Embratel habilita o próximo nível das grandes empresas há quase 60 anos. Fornecemos a infraestrutura necessária para que os negócios se renovem, para que a inovação aconteça. A mudança para Claro empresas é um movimento estratégico que unifica esse legado e expertise da Embratel com a capacidade de inovação da Claro. O objetivo é unir todo o conhecimento de tecnologia e conectividade em uma só marca, para orientar e apoiar a jornada de transformação dos negócios, com agilidade, segurança e assertividade. Agora, portanto, vamos habilitar o próximo nível com a Claro empresas.
Como passa a ser a estrutura da Claro empresas?

A Claro empresas está organizada em duas unidades de negócios: uma dedicada a Grandes Empresas e Governo, liderada por mim, e outra focada em Pequenas e Médias Empresas. Essa estrutura nos permite oferecer soluções mais especializadas e adaptadas às necessidades de cada segmento. Quanto ao portfólio, seguimos com soluções em conectividade, cloud computing, segurança cibernética, IoT, inteligência artificial, serviços profissionais, entre outras, ampliando a nossa capacidade de atender a demandas empresariais em diferentes setores.
Qual é o escopo da companhia com a mudança?
O escopo da Claro empresas abrange toda a gama de soluções tecnológicas necessárias para a digitalização e modernização das empresas. Para Grandes Empresas e Governo, mantemos um modelo consultivo, contando com um ecossistema ainda mais completo de parcerias para oferecer soluções personalizadas para demandas complexas.
Em termos de marca, a Embratel deixa de existir de imediato?
Sim, a Embratel agora é Claro empresas, mas o legado da marca permanece. Esse é um processo gradual e planejado, no qual a identidade visual e os canais digitais serão ajustados para refletir essa unificação, garantindo uma transição suave para nossos clientes.
O que você classifica como legado?
A Embratel tem diversos marcos na sociedade brasileira. Fizemos a primeira transmissão de TV a cores. Lançamos o primeiro satélite brasileiro, conectando o país de ponta a ponta. Também fomos nós que trouxemos a internet comercial e, mais recentemente, fomos os provedores tecnológicos dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, considerados os Jogos mais conectados da história, e tivemos atuação fundamental para a implementação do PIX.
No mercado corporativo, são muitos projetos feitos sob medida. Mais recentemente, temos desenvolvido redes privativas 5G para promover a indústria 4.0 em diversos clientes. Esse é o nosso legado e agora ele passa a compor o ambiente de inovação da Claro.
Pode dar exemplos desses projetos no mercado corporativo?
Implementamos com a Gerdau, por exemplo, uma rede privativa 5G e LTE 4G na planta industrial de Ouro Branco (MG). É a maior usina da empresa no mundo e esse projeto é pioneiro no setor siderúrgico da América Latina, abrangendo uma área de mais de 8,3 milhões de metros quadrados. A infraestrutura digital que desenvolvemos foi planejada em três fases, que habilitam uma indústria 4.0 que chegará à capacidade combinada de 4,8 Gbps, com cobertura em toda a extensão operacional da planta.
É possível pontuar os benefícios práticos que a Gerdau terá com essa infraestrutura?
Sim. Com essa infraestrutura, a Gerdau amplia o gerenciamento e sensoriamento de ativos críticos, implementando o uso de carboxímetros conectados, caminhões autônomos, retroescavadeiras telecontroladas e monitoramento inteligente por meio de câmeras e drones para segurança preditiva. Essas inovações resultaram em maior produtividade, flexibilidade, visibilidade, rastreabilidade e segurança nos processos de planejamento, produção e logística da empresa.
Há outros exemplos de como a Embratel habilitou inovações?
Sim, temos vários, que vão de portos, como Suape, ao setor de saúde, como Dasa, Medtech e outras. Mas, eu vou destacar a expansão da rede privativa 5G standalone na fábrica da Nestlé, em Caçapava (SP). Esse caso é emblemático porque a unidade se tornou referência em indústria 4.0 na América Latina. Estão sendo investidos mais de R$ 1,1 bilhão em diversas iniciativas de digitalização na fábrica até 2026, e isso visa otimizar as operações da Nestlé no Brasil e nos 18 países para os quais essa unidade exporta nas Américas.
Pode detalhar um pouco mais esse caso?

A rede 5G implementada proporciona uma velocidade de transmissão de dados 25 vezes maior em relação à 4G, possibilitando um controle remoto e em tempo real de máquinas e a integração de sistemas inteligentes que promovem automação e aumento de produtividade. Já no projeto-piloto, pudemos identificar que a implementação do 5G impacta positivamente diversas etapas da produção, como moldagem de chocolates e embalagens. A fábrica também foi habilitada a adotar óculos de realidade virtual e realidade aumentada, que serão usados para treinamentos e suporte remoto na manutenção de máquinas, além de robôs autônomos, veículos guiados automaticamente e sistemas baseados em inteligência artificial e machine learning.
Em relação à Claro, o que muda com esse movimento?
A Claro empresas reforça o papel da Claro como habilitadora tecnológica, indo além da conectividade para oferecer soluções completas de digitalização para empresas de todos os portes. Dessa forma, buscamos democratizar o acesso a tecnologias, oferecendo soluções customizáveis e escaláveis, para que todo o nosso universo de clientes possa se beneficiar das melhores soluções e em linha com a sustentabilidade. Nesse sentido, seguimos alinhados às diretrizes ESG aplicadas pela Claro há mais de duas décadas.
Pode comentar mais sobre elas?

A evolução sustentável da Claro ocorre ano após ano. No último Relatório de Impacto (relativo à 2023), a Claro demonstrou como tem utilizado energia renovável em suas operações, por exemplo. De modo geral, 80% da energia consumida pelo grupo é oriunda de fontes renováveis, como energias solar e eólica. Desde que começamos esse processo, em 2017, já economizamos cerca de R$ 1 bilhão com energia e evitamos a emissão de mais de 400 mil toneladas de CO2eq.
Qual é a infraestrutura energética mantida pela Claro para alcançar esses resultados?
Referência em autoconsumo remoto de energia renovável entre empresas privadas, a Claro conta com mais de 100 usinas em operação, com plantas geradoras em 15 estados brasileiros. São mais de 800 mil painéis solares instalados. Essa geração abastece mais de 25 mil unidades consumidoras e mais de 70% das antenas da operadora. Considerando a soma das frentes de geração distribuída (usinas próprias) e mercado livre (compra de energia limpa), o programa ‘Energia da Claro’ forneceu à empresa mais de 1 TWh (Terawatt-hora) somente em 2024. A empresa, que tem trabalhado para reduzir as emissões de carbono e atender às metas estipuladas pela Agenda 2030 sem a necessidade de uso de créditos de carbono, ainda opera duas das maiores usinas de biogás de geração distribuída do País.
O que mais você destacaria que os clientes podem esperar da Claro empresas daqui em diante?
Os clientes podem esperar uma empresa ainda mais forte, inovadora e preparada para os desafios do futuro. Nosso compromisso é continuar evoluindo e expandindo nosso portfólio, sempre com foco em tecnologia de ponta, atendimento diferenciado e soluções que impulsionam os negócios. A Claro empresas tem o objetivo de ser um parceiro estratégico para nossos clientes, entregando não apenas conectividade, mas também inteligência, eficiência e segurança para a transformação digital de suas operações.