O número de edifícios inteligentes no mundo deve alcançar 486,7 milhões até 2030. A expansão reflete o avanço de tecnologias que melhoram a operação, antecipam falhas e reduzem o desperdício de energia. A previsão para 2025 é de mais de 165 milhões de unidades no total, com a construção de 26 milhões de novos prédios no período.
A busca por maior eficiência energética é o principal motor dessa transformação. Segundo um estudo da consultoria Juniper Research, a automação de sistemas como aquecimento, ventilação e ar-condicionado (HVAC), iluminação e monitoramento de ocupação pode reduzir o consumo de energia entre 15% e 30%. Soluções integradas de smart grids, sensores inteligentes e softwares em nuvem permitem controlar o gasto energético e conectar os edifícios a fontes renováveis.
Essas tecnologias também possibilitam o monitoramento de emissões de carbono, apoiando metas de sustentabilidade corporativa e governamental. O estudo destaca novas tendências, como ambientes personalizados que se adaptam ao perfil dos ocupantes, ajustando temperatura, iluminação e segurança. Hospitais e escolas também têm adotado soluções inteligentes para garantir espaços mais seguros, controlados e sustentáveis, com ênfase em conforto e bem-estar.
Infraestruturas em transformação
A importância da infraestrutura voltada ao trabalho híbrido cresceu pós-pandemia. Escritórios inteligentes passaram a incorporar ferramentas de controle de ocupação, estações compartilhadas e sistemas automatizados de higienização. Essa tendência reflete uma mudança no comportamento das empresas, que buscam espaços mais flexíveis, eficientes e adaptáveis às novas formas de trabalho.
Os edifícios inteligentes se dividem em três grandes segmentos: comercial, industrial e residencial. No setor comercial, que inclui escritórios, escolas, hotéis e hospitais, o foco está na redução de custos operacionais e na melhoria da experiência do usuário. O segmento industrial prioriza eficiência energética, segurança e manutenção preditiva. O mercado residencial aposta na automação para oferecer conforto e economia.
Integração de novas tecnologias

A integração entre Inteligência Artificial e Internet das Coisas (IoT) é a chave do funcionamento das smart buildings. A IA permite decisões autônomas baseadas em dados e otimiza temperatura, iluminação e segurança. A IoT conecta sensores e dispositivos que coletam informações em tempo real. Até 2030, o número de sensores deve chegar a 14,7 bilhões. Essa combinação tornará os edifícios mais autônomos, eficientes e integrados às metas globais de sustentabilidade.
Uma inovação é o modelo BMSaaS (Building Management Systems-as-a-Service), que substitui sistemas físicos por plataformas em nuvem. O formato em serviços oferece instalação mais barata e escalável, atualizações automáticas e gestão remota em tempo real. Com crescimento médio anual de 20%, o BMSaaS deve se consolidar nas novas implantações de edifícios inteligentes.
O estudo também alerta para desafios como o alto custo inicial de instalação e manutenção, que limita a expansão em residências e pequenas empresas. A cibersegurança é outro ponto crítico, já que a interconectividade amplia vulnerabilidades a ataques. Além disso, há resistência cultural de usuários que temem perder controle sobre os sistemas automatizados.
