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nuvem Imagem gerada por Inteligência Artificial

Nuvem promove redução de custos em bancos, mostra pesquisa 

2 minutos de leitura

Combinada com inteligência artificial madura, cloud nas instituições financeiras impulsiona acesso a tecnologias e uso do PIX



Por Redação em 26/05/2025

A redução de custos com uso de cloud nos bancos cresceu na percepção das instituições e passou da última para a terceira posição, entre os dez maiores benefícios listados. Os dados são da versão mais recente da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária, editado pela Febraban, com organização da consultoria Deloitte.

O salto perceptivo da redução de custos é mais impressionante quando se verifica que as duas primeiras colocações mantiveram-se imutáveis entre os relatórios de 2023 e 2024. Tanto o acesso facilitado a inovações/tecnologias avançadas, como a escalabilidade continuam, respectivamente, em primeiro e segundo lugar na avaliação dos executivos ouvidos na pesquisa.

Para os especialistas ouvidos, a avanço do item redução de custos “reflete a maturidade das estratégias de transformação digital e a busca por eficiência operacional, com bancos colhendo os frutos de infraestruturas mais flexíveis, ágeis e otimizadas”.

Cloud e IA

Outro ponto importante destacado por eles é a convergência entre inteligência artificial (IA) e cloud, uma combinação que estaria acelerando a transformação digital. Os resultados do uso conjunto estariam levando ao processamento em tempo real de grandes volumes de dados, além da automação inteligente e da maior capacidade de adaptação às mudanças do mercado.

O cenário de migração para a cloud, em combinação com o uso de IA, pode ser percebido em dois exemplos. O primeiro deles é o open banking/finance. De acordo com o levantamento, os bancos com maiores índices de maturidade em IA migraram 100% dessas atividades para a nuvem. O PIX é outro modelo de acerto: 67% dos bancos com alta maturidade de IA fizeram a migração desse segmento para a nuvem.

Nuvem em outras áreas dos bancos

Outras três áreas – todas com percentual de 50% – indicam o sentido da migração. São elas: contact center, data processing e mobile banking. Na lanterna do status de migração para cloud estão os setores de finanças e tesouraria, além do core banking, onde 17% teriam feito a migração.

Do lado de investimentos, a nuvem continua em alta, com nove em cada dez bancos sinalizando para o aumento de aporte nos projetos que envolvem migração. Para 47% dos que sinalizam o aumento, o investimento deve ser substancial.

Em termos de perfil, a cloud híbrida predomina entre 80% dos bancos. Nessa configuração, 57% da nuvem utilizada é privada e os 43% estão na nuvem pública.

O relatório da Febraban mostra ainda que a captura de valor de tecnologias como IA e IA generativa (GenAI) só vão acontecer efetivamente com a flexibilidade propiciada pela nuvem, junto com a aplicação maior de segurança cibernética e com a contratação e manutenção de talentos especializados.

O documento traz ainda uma estimativa de investimentos em cloud que, em todos os cenários, indica crescimento. Como um todo, a migração deve envolver R$ 3,13 bilhões de aporte do setor bancário em 2025, um aumento de 59% em relação ao que foi aplicado no ano anterior.

A migração para cloud privada impressiona, passando de R$ 118 milhões (2024) para R$ 725 milhões (estimativa de 2025), ou seja, um incremento de 514%. Na cloud pública, o salto seria menor – 30% – atingindo os estimados R$ 2,4 bilhões em 2025.

Para a realização da pesquisa, a Deloitte realizou entrevistas com 30 executivos de 20 bancos. Juntos, essas instituições representam 85% dos ativos bancários do país.



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