Robô entregador de pacotes em uma central de distribuição, trabalhando ao lado de funcionários humanos no processo de logística e armazenamento. Imagem gerada digitalmente

Automação e IA se tornam diferenciais para o e-commerce no Natal

3 minutos de leitura

Com projeções bilionárias para o Natal, as tecnologias são aliados para atender consumidores, ganhar eficiência operacional e evitar perdas em períodos de pico



Por Redação em 04/12/2025

A expectativa é que o período natalino gere mais de R$ 39 bilhões em faturamento para o e-commerce no período de Natal, de acordo com o relatório State of Supply Chain 2025: Balancing Inflation, Investment & Innovation, da Relex Solutions. Para aproveitar esse momento, empresas de e-commerce adotam automação e inteligência artificial (IA) como para lidar com o volume de pedidos, garantir agilidade no atendimento e personalizar a jornada de compra do consumidor.

No relatório, a Relex Solutions relata que 60% das empresas de sete países, incluindo o Brasil, já direcionam investimentos para essas tecnologias como forma de manter competitividade.

O movimento acompanha o crescimento acelerado da IA aplicada ao comércio eletrônico, um mercado que deve atingir US$ 9,01 bilhões até o fim de 2025, de acordo com levantamento da DemandSage. Os números são resultados de uma demanda externa por uma experiência de compra mais fluida e personalizada, além de responder à cobrança interna das corporações por maior produtividade e posição competitiva.

Eficiência operacional em ambiente de alta demanda

Para superar as fragilidades de operação que o fim de ano carrega, a tecnologia pode se tornar um aliado das organizações. Para 2025, a projeção é de 17,2 milhões de pedidos, com ticket médio de R$ 808 no Brasil, o que chama a atenção para a pressão sobre estoques, logística, pagamentos e atendimento ao consumidor. Processos como atualização de inventário, cálculo de frete, conciliação financeira e integração com parceiros logísticos podem ser automatizados para reduzir erros e liderar equipes para atividades estratégicas.

O CRO da Hablla, Marcus Barboza, explicou ao Valor que não se trata apenas de respostas automáticas simples, e sim de “inteligência artificial que compreende intenção de compra, responde dúvidas complexas sobre produtos, negocia condições, processa objeções e fecha a venda diretamente no canal de comunicação”.

Personalização do e-commerce para o Natal

A IA permite cruzar dados internos e externos para recomendar produtos, prever interesses e direcionar ações comerciais em tempo real. Essas funcionalidades aumentam a personalização que, por sua vez, se reflete em uma conversão maior, ticket médio elevado e fortalecimento no relacionamento com o consumidor. Em um período marcado por comparação de preços e baixa fidelidade, essas características se tornam um diferencial para a empresa. 

Para a Carta Capital, o head de ofertas da Engineering Brasil, Paulo França, esclareceu que quando os dados são integrados a processos automatizados, “o e-commerce passa a operar de forma inteligente, e não apenas digital”.

Atendimento automatizado

Pessoa utilizando o aplicativo de atendimento virtual da Claro Empresas em um ambiente interno, com foco na facilidade de suporte digital para negócios.
Imagem gerada digitalmente

Contratar centenas de atendentes temporários para picos concentrados em poucos dias é caro, complexo e nem sempre é a opção ideal para o negócio. Além disso, com a introdução de agentes de IA e realidade aumentada, levam o mercado para uma realidade na qual a distinção entre atendimento humano e automatizado será inexistente, segundo Barboza. 

Diante desse cenário, outro fator deve ser levado em consideração: a janela de atenção do consumidor encolheu. O executivo da Hablla avalia que “o cliente deseja resposta em segundos, não em minutos”. Por isso, garantir que chatbots conversacionais sejam capazes de entender a intenção de compra, responder dúvidas, negociar condições e fechar vendas evita desistências.

Futuro do e-commerce será inteligente

A partir de 2026, agentes virtuais tendem a dominar a linha de frente das vendas, aumentando conversão em até 60%. Tecnologias como realidade aumentada e experiências imersivas devem impulsionar um mercado de realidade expandida previsto para crescer 400%. Para Rodrigo Xavier, CEO da Hablla, o varejo que ainda trata automação como custo ficará para trás. 

“É preciso enxergá-la como infraestrutura crítica, tão essencial quanto ter site rápido ou sistema de pagamento confiável. Sem ela, simplesmente não se consegue operar em escala durante os picos”, concluiu Xavier.



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