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5G amplia desafios à cibersegurança

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Ao mesmo tempo que aumenta a velocidade, reduz a latência e habilita inovações, a tecnologia requer uma maior gestão de riscos cibernéticos nas organizações



Por Redação em 30/08/2023

A conectividade 5G está redefinindo o cenário das telecomunicações, prometendo velocidades ultra rápidas, baixa latência e uma infinidade de possibilidades de aplicações para empresas e consumidores. No entanto, essa evolução tecnológica traz também desafios para a cibersegurança, à medida que as redes se tornam mais complexas e as ameaças se multiplicam.

Especialistas que participaram em painel sobre 5G e Segurança no Telco Transformation Latam, nesta semana, no Rio de Janeiro, pontuaram a cibersegurança como uma prioridade inegociável e cada vez mais crítica na era do 5G. Eles concordam que a inovação constante é essencial, assim como a integração da segurança com a estratégia de negócios. Além disso, o equilíbrio entre experiência do cliente e segurança é considerado fundamental em meio a um cenário cada vez mais interconectado.

Assim, à medida que o 5G se expande e as redes se tornam mais complexas, a colaboração entre CISOs (executivos responsáveis por segurança da informação), reguladores e empresas se torna crucial para criar um ecossistema seguro e confiável. Afinal, a tecnologia só pode ser verdadeiramente aproveitada quando os riscos associados são compreendidos, mitigados e gerenciados de maneira eficaz.

Embratel atua na maturidade das empresas

O diretor de Segurança Soluções Digitais da Embratel, Paulo Martins, foi justamente nessa direção. Ele destacou o desafio de garantir baixa latência a todas aplicações possíveis sem comprometer a segurança. Para ele, o 5G pode ser um “míssil digital” se cair nas mãos erradas. Martins também ressaltou a importância da “IA do Bem” para contrapor ameaças e a necessidade de padronização e regulamentação na rede de dispositivos IoT.

Para o executivo da Embratel, as empresas precisam entender os riscos inerentes à tecnologia e mitigá-los. Nesse sentido, ele conta que a empresa tem ajudado a aumentar a maturidade de segurança de seus clientes. Martins traz consigo a bagagem de quando era CISO da Claro e quer levar essa mesma abordagem aos clientes da Embratel. Ele citou como exemplo a prestação do serviço de monitoramento e tratamento de incidentes de segurança a partir do framework Nist.

“Ataque não é uma questão se vai acontecer. É quando. Por isso, o monitoramento é fundamental. (Não monitorar) é como construir um prédio como esse (apontando o centro de convenções do Hotel Windsor Oceânico, no Rio) e não instalar um sistema de detecção de incêndio”, exemplificou, acrescentando que, além de evitar incidentes, a Embratel habilita os clientes a se recuperarem quando eles ocorrem.

Leia também:
Incidentes cibernéticos: 10 dicas práticas do que não fazer

“IA do bem” é a nova fronteira da cibersegurança

IA amplia possibilidade da cibersegurança

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Para Claudio Creo, CISO da TIM, o 5G exige uma abordagem inovadora para a segurança. Ele destaca que, embora as funções tenham evoluído de “caixas fechadas” para soluções virtuais, os princípios básicos da proteção de ativos permanecem constantes. Segundo ele, a inovação é vital na cibersegurança, uma vez que a corrida para acompanhar as tecnologias emergentes é uma questão de sobrevivência.

Rodrigo Fernandes, diretor da Prática de Segurança da Logicalis Brasil, também acredita que a virtualização trazida pelo 5G amplia as vulnerabilidades. Ele enfatiza a importância de modelos de acesso abrangentes e destaca o papel da Inteligência Artificial (IA) na proteção das Interfaces de Programação de Aplicativos (APIs). Além disso, Fernandes aborda a complexa tarefa de equilibrar a experiência do cliente e a segurança.

A visão de Adrian Judzik, CISO da Telecom Argentina, se concentra na expansão da superfície de ataque trazida pelo 5G. Ele observa que a sofisticação dessa tecnologia também traz vulnerabilidades, tornando a proteção de dados e a regulamentação essenciais. Além disso, Judzik destaca a importância de entender as novas formas de IA e de se concentrar na cadeia de suprimentos de software.



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